Espiral (simbologia)
A espiral é um símbolo de evolução e de movimento ascendente e progressivo, normalmente positivo, auspicioso e construtivo, sobretudo na sua forma. Enquanto plana, a espiral pode ter associado o movimento de evolução e de involução. Na sua versão de espiral dupla, traduz o todo, a união dos contrários, o nascimento e a morte.
A forma da espiral é encontrada em todas as culturas e traduz um movimento ascendente de evolução a partir de um ponto inicial, o que pode até ser associado com a própria progressão da existência. Assim como a vida, a espiral helicoidal projeta-se para o infinito e aparentemente não tem fim. Está associada à Lua, à água, ao feminino, à evolução cíclica, à vida e à fertilidade, e está representada em muitas divindades femininas do paleolítico. O movimento da espiral é também o movimento da energia dos chakras conforme são descritos nas filosofias hindus. Pelo seu lado, a espiral plana está associada ao labirinto, e pode significar um movimento tanto de expansão como de compressão para o centro. A espiral em forma dupla significa o nascimento e a morte e a alternância Yang e Yin. Está associada às duplas serpentes enroladas no caduceu e também às representações do dragão enroscado nas colunas dos templos. Na Índia, a forma da espiral está associada à serpente ígnea, à energia Kundaliní, que dorme enroscada na base da coluna vertebral pronta a ser despertada em estado latente. Apesar de indicar um movimento constante, a espiral traduz ao mesmo tempo equilíbrio e ordem inseridos numa permanente mudança. Em África, a espiral possui o simbolismo da criação da vida e na expansão do mundo e, entre certas tribos, representa o deus masculino e também o movimento das almas e dos espíritos. Em outras culturas muito antigas, a espiral foi usada para gravar nas rochas das montanhas relógios solares.
O movimento da espiral é observado nos cânticos e nas danças espirais de celebração do solstício de inverno entre os índios da América Central, que festejam o princípio de um novo ano e o ponto zero de uma nova etapa. Um tipo de dança giratória é também encontrada entre os Dervixes da tradição sufi.
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