domingo, 28 de agosto de 2011

Simbolismo da Deusa nos dias atuais


Ainda que documentada e ancorada em pesquisas realizadas em múltiplos campos – arqueologia, história, mitologia, história das religiões, etc. – a reconstrução sobre as culturas da Deusa tem, claramente, o caráter de uma hipótese de trabalho. Não podemos ter certeza do que pensavam e sentiam os nossos antepassados pré-históricos e nem é este é o ponto central da discussão. O ponto é que a recuperação da história das mulheres e a reconstrução do passado pela ótica feminina têm muito a dizer aos homens e mulheres de hoje. Pode oferecer uma alternativa para as relações entre os sexos no mundo contemporâneo e contribuir para criar novos padrões de relacionamento entre o homem e o mundo natural.

É exatamente como promessa de futuro que reaparecem o simbolismo da Grande Deusa e a história das culturas matrifocais. Ambos têm se revelado como uma fonte inesgotável de reflexão e de inspiração para muitas mulheres modernas. O símbolo da Deusa, como comenta Carol Christi:

Tem muito a oferecer às mulheres que lutam para liquidar aqueles estados de ânimo e aquelas motivações potentes, persuasivas e persistentes de desvalorização do poder feminino, de desconfiança na vontade feminina e de negação dos vínculos e do patrimônio cultural das mulheres que foram gerados pela cultura patriarcal. E visto que as mulheres estão lutando para criar uma cultura nova na qual são celebrados o poder, os corpos, a vontade e os vínculos das mulheres parece natural que volte à tona a Deusa como símbolo de renovada beleza, força e poder das mulheres. (mimeo)

Embora a Deusa não seja o equivalente da mulher, no seu simbolismo encontra-se presente muito daquilo que constitui o mais profundo do ser feminino, o que permite às mulheres uma identificação mais imediata com o arquétipo. Através desse processo de identificação, aspectos de suas vidas ignorados, marginalizados ou evitados pelas religiões patriarcais são resgatados e elas se tornam aptas a compreender e reverenciar a sacralidade da sua vida e do seu corpo. Como se pode perceber na fala abaixo:





O conceito de uma religião que venerava uma Deusa era surpreendente e poderoso. Tendo sido criada como judia, fui muito religiosa quando criança e prossegui minha educação judaica até um nível avançado. Mas, quando atingi o estágio de jovem adulta, ao final dos anos 60, algo parecia estar faltando. O movimento feminista ainda não havia renascido e eu desconhecia a palavra ’patriarcado’ mas sentia que a tradição, assim como se apresentava então, carecia de alguma maneira de modelos para mim enquanto mulher bem como de caminhos para o desenvolvimento do poder espiritual feminino

(...). A tradição da Deusa oferecia novas possibilidades. O meu corpo, agora, em toda a sua feminilidade, seios, vulva, útero e fluxo menstrual eram sagrados. A força primitiva da natureza e o intenso prazer da intimidade sexual assumiram papéis centrais como caminhos para o sagrado, em vez de serem negados, denegridos ou encarados como periféricos. (STARHAWK. 2001: 13).



O simbolismo da Deusa implica na aceitação da materialidade e da corporeidade da vida como sagradas. Como salienta Rachel Pollack, “encontramos o corpo da Deusa no nascimento, na menstruação e na alegria do sexo, mas o encontramos também na morte e na doença, uma vez que estas não são vistas como erros ou punições, mas como parte da existência”. (1998:48).De fato, aceitar o corpo como sagrado implica em lidar de outra maneira com a nossa própria corporeidade. Afinal, quando “consideramos Deus como perfeito, imortal e imutável, a morte torna-se uma violação, uma marca da nossa distância de Deus”. (IDEM: 49). Ao contrário, quando consideramos Deus ou a Deusa como algo encarnado nos mistérios da vida, a morte pode ser reinserida em seu lugar na dança cósmica e recuperar a sua sacralidade. Diferentemente do Deus-Pai transcendente, desincorporado e afastado da matéria, a Deusa tem um corpo que é o mundo físico: o céu, a terra, as águas e o submundo. Esta concepção do divino dispensa intermediações, a Deusa – a imanente – está em tudo e é tudo. Todas as coisas: das pedras às árvores passando pelos seres humanos são a Deusa, suas manifestações, suas muitas formas de existir. Ao invés do dualismo criador x criatura – característico das religiões patriarcais – temos aqui uma concepção que vê o divino como algo que está dentro da matéria física reforçando a importância da ecologia e do corpo.
O grande potencial de aglutinação inerente ao simbolismo da Deusa deu origem, nos últimos anos, a um movimento amplo e diversificado conhecido como “Espiritualidade Feminista”. No seu âmbito, muitas mulheres exploram o poder inerente ao sagrado feminino. Algumas delas atuam no contexto do Cristianismo ou do Judaísmo. Outras utilizam as tradições da Deusa provenientes de várias culturas distintas sem se identificarem obrigatoriamente com uma religião específica, e outras ainda, recriam a religião da Grande-Mãe buscando construir um enfoque adequado para os tempos modernos. A mais difundida dentre estas recriações é a Wicca – também conhecida como Bruxaria, Feitiçaria ou Religião da Deusa – que se afirma como uma espécie de reinterpretação da religiosidade do Neolítico, como declara este sacerdote:



A Wicca para mim é um resgate da experiência religiosa primeva. Aquela que se manifestou na escavação do primeiro túmulo humano, na produção plástica das estatuetas da Grande Mãe (as inúmeras Vênus européias e africanas) e nas pinturas rupestres. Daí a sua liberdade maior que as demais formas de Paganismo: ela pode transitar tranqüilamente por diferentes panteões, pois vê, em todos eles, um desenvolvimento arquetípico da mesma Deusa e do mesmo Deus.



Na thealogia da Wicca, a Deusa possui uma predominância marcante. Embora haja diferenças profundas entre as muitas tradições, em todas, Ela é vista como “a Criadora”, uma vez que, na sua concepção, a criação é um processo de nascimento no qual a Deusa prenhe de si mesma dá a luz ao mundo – incluindo o Deus, seu filho e amante – que é também ela mesma. Esta centralidade do culto à Deusa constitui a característica distintiva da Wicca, como explica esta sacerdotisa:
Quando você vai falar do Druidismo, por exemplo, você fala de uma religião da terra, mas você ainda vai ter um sistema mágico-solar, ou seja, ele é centrado, de certa maneira, no Pai. Ele respeita a Mãe, ele celebra a Mãe, mas ele não é centrado na Mãe. Quando você vai falar do Xamanismo é a mesma coisa, o conceito de Grande Espírito se sobrepõe a um conceito de Deusa. Quando você chega à Wicca, especialmente nas vertentes mais diânicas, a visão é diferente e a Deusa assume um papel preponderante. A Wicca é a religião da Deusa e do Consorte. É um caminho mágico lunar e feminino. Toda Wicca o é, a Diânica também, mas não só ela. Se não se tratar de um caminho lunar e feminino não é Wicca.
Mesmo assim, a Deusa, na perspectiva wiccana, não é concebida apenas como a mãe benevolente. Para seus adeptos, a criação é um processo contínuo, uma dança entre criação e destruição na qual formas antigas se dissolvem e novas são construídas. A veneração desse aspecto da Deusa funciona também como uma reação à concepção patriarcal do poder da mulher, vinculado exclusivamente à sua capacidade geradora.. Desta maneira, para as bruxas feministas, a Deusa é vista como:
A criadora do universo, mas também como destruidora, pois, no fundo, todos os atos de criação são também atos de destruição. Ela vem de muitas culturas. Ela é às vezes representada como o sol (luz) ‘ativo’ ao invés da lua (sombra) ‘passiva’. Ela é a guerreira que protege o Seu povo. Ela é Ereshkigal bem como Inanna. Ela é Kali, Ela é Venus, Ela é Freya. Todas as criaturas são Suas e a Terra é o Seu corpo. Suas energias estão ao nosso redor na forma de rios, raios e ventos, criando e destruindo constantemente.





Como “Mãe mais-do-que-humana” a Deusa sabe que, embora a vida deva ser preservada, esse imperativo não se refere à da vida individual, seja a de uma pessoa, seja a de uma espécie. Afinal, embora seja nossa mãe e nosso lar, a Terra também é ameaçadora, tanto doadora quanto tomadora de vida, conforme lembra esta entrevistada:

A Deusa não tem dó nem piedade da humanidade. Existe um jeito de encarar a Deusa no qual Ela é chamada “A preservadora”. Se Ela realmente precisar, ela vai cortar qualquer coisa da própria carne Dela e vai destruir o que quer que seja para que aquilo não continue destruindo o resto. Talvez, um dia, sejamos nós. E a Vida vai continuar em outras condições.

sábado, 27 de agosto de 2011

A tríplice Deusa da tradição celta, donzela, mãe e anciã, é homenageada dia 24 de maio.
Coloque 3 rosas em um vaso com água representando os 3 aspectos da Deusa (uma flor em botão, uma semi-aberta e uma completamente aberta).
Peça então à donzela coragem, a pureza e a busca pelo conhecimento. à mãe amor, poder, proteção e carinho maternal e à anciã, sabedoria, conhecimento e renovação.

Entendendo...
Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições.

Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida.
Princípio feminino ou grande mãe.
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação.
É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade.
É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado.

A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna.
Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular.
A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!
A Deusa é a Mãe universal.
É fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos.
Ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante.
Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a Terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz em abundância.
Mas, uma vez que a vida é um presente seu, ela a empresta com a promessa da morte.
Esta ( a morte) não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência não-humana entre duas encarnações.
Uma vez que a Deusa é a Natureza, toda a natureza, ela é tanto a ninfeta como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo.
Porém, apesar de Ela ser feita de ambas as naturezas, a Magia Natural a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, mesmo sabendo que seu lado obscuro também existe e tem o seu papel e importancia.
Nós A vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano e no primeiro verdejar da primavera.
Ela é a incorporação da fertilidade e do amor.
A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos.
Muitos símbolos são utilizados para honrá-la, como o caldeirão, a taça, flores de cinco pétalas, o espelho, colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos.
Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas.
Algumas culturas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha.
Todos essses animais são sagrados a Deusa!
A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça (relacionadaa Artemis ou Diana) ;
uma deidade celestial caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés;
a eterna mãe com o peso da criança;
a tecelã de nossas vidas e mortes;
uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres.
Mas independente de como a vemos, Ela é onipresente, imutável, eterna.
A adoração à Deusa foi a primeira Religião estabelecida pelos seres humanos.
Muitas evidências arqueológicas, que incluíam estátuas, amuletos, cerâmicas, pinturas na cavernas e outras imagens indicando a veneração à Deusa, foram descobertas comprovando a existência de um culto primordial, no qual uma Divindade Criadora feminina era adorada.
Merlin Stone, em When God was a Woman (Quando Deus era uma Mulher), relata:
“Arqueólogos localizaram evidências de adoração à Deusa antes das comunidades do período Neolítico, cerca de 7000 a. C.; algumas das esculturas datam do Paleolítico Superior, cerca de 25000 a. C. Desde as origens Neolíticas, sua existência foi comprovada repetidamente até os tempos romanos.”
A evidência mais convincente de adoração à Deusa vem de numerosas esculturas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas, nádegas e vulvas exagerados.
Essas imagens forma intituladas pelos arqueólogos como estatuetas de Vênus, ou ídolos do culto à Grande Mãe.
Elas são feitas de pedra, osso, barro e foram descobertas perto dos restos de paredes das primeiras habitações humanas.
Estas estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos 10 mil anos.
Essas esculturas não significam meras decorações das pessoas que as criaram, mas são, sim, objetos profundamente importantes porque representam o meio pelo qual os seres humanos se expressavam antes mesmo de começarem a utilizar a fala.
A arte, através da história, sempre revelou o que as culturas valorizavam e o conhecimento que tentavam passar às gerações futuras.
Claramente o parto, a maternidade e a sexualidade feminina eram considerados sagrados.
Isso nos mostra que essas culturas tiveram pouco ou nenhum conhecimento do papel do homem na reprodução.
Para todos, a mulher concebia o bebê por ela mesma.
Sexo não era associado com o parto, e as mulheres foram consideradas as doadoras exclusivas da vida.
Até hoje, alguma culturas isoladas na Terra acreditam que o homem não tem participação nenhuma na concepção.
Além disso, como o conceito de paternidade ainda não tinha sido entendido, as crianças só pertenciam à mães e à comunidade.
Crianças “ilegítimas” não existiam.
As crianças levavam o nome de suas mães e a família descendia pela linhagem materna.
Esta estrutura social, baseada na afinidade feminina, é chamada de “matrilinear” e ainda existe em algumas partes da África, Índia, Melanésia e Micronésia.
A adoração da Deusa nas culturas antigas incluía o papel principal das mulheres nos trabalhos religiosos e nas celebrações sagradas.
As mulheres eram as grandes Sacerdotisas, Adivinhas, Parteiras, Poetisas e Curandeiras.
Elas presidiam templos erguidos somente a Deusas como Ishtar, Ísis, Brigit, Ártemis e Diana, que estão entre as mais populares.
Do envolvimento das mulheres com a religião vieram muitos avanços, como o conhecimento do poder das ervas, que curavam os doentes e aliviavam a dor do parto, até o primeiro calendário, o calendário lunar, que foi utilizado por muito tempo e que pode ter-se originado no procedimento de mulheres que observavam seus ciclos menstruais e os comparavam com os ciclos da Lua. Além da astronomia, as mulheres desenvolveram também os idiomas, a agricultura, a culinária, a cerâmica e muito mais.
As contribuições das mulheres para as culturas humanas são inúmeras e nunca tiveram o devido crédito e valor.
A Deusa é o princípio Divino Feminino, a Divindade suprema adorada nas práticas Pagãs.
É difícil definir a Deusa em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes.
Para alguns Ela é a única Divindade existente.
A Deusa não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.
Ela foi chamada Ishtar, Astarte, Inanna, Lilith, Ísis, Maat, Brigit, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianhod, Ceridwen, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Kuan-Yi, Pele e Mary, entre muitos outros nomes.
A Ela foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.
A Deusa é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Destruidora.
Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela.
A Deusa está contida em tudo e vive na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d’água e em cada grão de areia.
Ela não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que está aqui conosco, vive e se manifesta em cada um de nós.
Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã.
Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos.
Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos.
A Triplicidade da Deusa se refere a três estados distintos da mesma divindade.
Cada um desses aspectos tem suas características particulares, distintas das outras, e cada uma delas traz a possibilidade de serem relacionadas com aspectos internos de nossa psiquê:
A Virgem, a Mãe e a Anciã, os seus aspectos reverenciados por toda a humanidade desde tempos imemoráveis.
A Virgem representa os impulsos, o começo, e está relacionada à Lua Crescente.
A Mãe é a Doadora da Vida, a Grande Nutridora, e está associada à Lua Cheia.
A Anciã é a detentora da sabedoria, a Grande Conhecedora e Transformadora, e está associada à Lua Minguante.
A Deusa é abrangente porque pode ser tudo que você quiser que Ela seja.
A maioria do seguidores da Deusa compartilha algumas convicções em comum.
Starhawk, uma das mais atuantes Bruxas modernas e autora de Dança Cósmica das Feiticeiras, afirma que três princípios da religião da Deusa são: a imanência, a interconexão e a comunidade. Imanência é o meio pelo qual todos os seres estão relacionados e a forma como estamos unidos ao Cosmo.
Como comunidade, crescimento e transformação passam por interações íntimas, basicamente, a lei da Deusa é Amor – Amor Incondicional.
Ela não tem nenhuma ordem a ser seguida a não ser o Amor, em todas as suas manifestações e formas.

A Conexão com as Três Faces da Deusa
Celebre a Deusa em todas as suas formas e aspectos divinos.
Possa suas imagens e palavras inspirar
E lembrar você que Ela está sempre presente
E merece seu respeito e cuidado.
Ouça o Seu canto, pois Ela canta em tudo o que há!

Entrar em contanto com as faces da Deusa significa saber o que esse períodos (juventude, maturidade e velhice) podem nos trazer de positivo e o que aprendemos e poderemos aprender com eles.
Conecte as três faces da Deusa através destes simples rituais.

Donzela
Dentre as três faces da Deusa, a Donzela ou, como também é chamada, a Virgem é a mais jovem, relacionada com os descobrimentos e aspectos mais criativos de nossa personalidade.
Ela é a inocência e despreocupação, a alegria de viver.
Está associada com a Primavera e é festejada em Ostara.
O termo Donzela ou Virgem não se refere ao sentido sexual, mas sim ao aspecto de inocência e independência.
A Virgem é a dona e responsável por si mesma.
Os nomes recebidos pela Donzela variam de acordo com as distintas culturas em que a encontrarmos. Damos como exemplos:
Ártemis: Deusa romana dos bosques e da caça, tida como a eterna Virgem.

Rituais que usam a face Virgem da Deusa:
Qualquer novo início, ou até mesmo esperanças e planos para novos começos.
Quando assumimos um trabalho novo ou planejamos solicitar um novo trabalho.
Durante os “primeiros passos” das novas idéias.
Sempre que você planeja ou começa um ciclo completo em sua vida.
Sempre que você começa uma fase nova em sua vida.
Quando se muda para uma nova casa ou apartamento.
Ao entrar em uma nova escola ou voltar a estudar depois de um longo tempo.
Qualquer jornada que esteja conectada com mudanças antecipadas.
Começo de uma relação nova, amor ou amizade.
Planos para engravidar.
Nascimento de uma criança.
A primeira menstruação de uma menina.
O início da puberdade de um menino.
Os animais associados ao aspecto Virgem da Deusa são os Cervos e qualquer outro animal silvestre.
O aspecto Virgem da Deusa representa a mocidade, a excitação da conquista dos desejos, e a novidade da vida e da magia. Na idade humana ela estaria entre a puberdade e os vinte anos.
As cores dela são suaves e claras, como branco, cor-de-rosa suave ou amarelo-claro.

Meditação para Conexão com a Donzela

Material necessário:

Um Cálice com água;
Duas velas brancas;
Margaridas;
Pétalas de rosas brancas.

Procedimento:
Trace o Círculo Mágico de forma usual e então invoque a Donzela com as seguintes palavras:

Deusa e amada Caçadora, venha a mim.
Donzela do Coração Indomado, venha a mim.
Você, que anda pelas florestas, venha a mim.
Você, que é a Grande Caçadora noturna,
De olhos brilhantes, que traz o amanhecer, venha a mim.
Oh! Crescente de prata, você que é o Sonho ousado,
aquela que caminha só, venha a mim.
Jovem, Donzela, Virgem, de cabelos enfeitados de flores e folhagens,
parceira de pássaros e cães, caçadora Selvagem dos céus, venha a mim.

Acenda as duas velas brancas, coloque o Cálice no meio das velas e preencha-o com as pétalas de rosas brancas.
Enfeite o seu Altar com as margaridas, enquanto reflete e medita sobre os atributos da Donzela: Os novos inícios
A luta
A criança
O amor
O companheirismo
A audácia
A força de vontade

Medite sobre esses atributos e o que eles significam para você.
Enquanto isso, enfeite o seu Altar com as margaridas.
Coloque algumas delas nos cabelos e continue a refletir nos atributos da face Virgem da Deusa. Entoe uma canção de sua infância, que sua mãe cantarolava para que você dormisse.
Continue refletindo sobre os atributos da Donzela e deixe o seu canto levá-lo até um bosque silencioso e repleto de paz.
Sinta a harmonia desse lugar, o cheiro, as cores e comece a caminhar pelo bosque.
Imagine uma moça jovem e bela, vestida de branco e carregando um Cálice de cristal com água, vindo em sua direção.
Ela é a Donzela que veio abençoá-lo e trazer sua magia até você.
Ela lhe oferece o Cálice, dizendo a você que beba o líquido contido nele.
Você pega o Cálice, toma a água e sente-se renovado, tranqüilo e harmônico ao ingerir o conteúdo do sagrado Cálice da Donzela.
Você entrega o Cálice a Ela e agradece-lhe.
Ela toca a sua testa e você percebe que todo o seu ser brilha ao toque da Deusa.
Ela o está abençoando com a Sua energia de vida, juventude e força.
Deixe o poder da Donzela atuar sobre você.
Sinta-se preenchido pela luz da Deusa, enquanto Ela vai se afastando lentamente de você.
Volte pelo mesmo caminho pelo qual você veio e comece a cantar novamente a mesma melodia que o levou ao bosque. Cante e deixe que ela lhe traga a realidade novamente, e aos poucos, sinta-se no lugar onde você começou sua jornada.
Pegue o Cálice com água, que se encontra sobre o seu Altar, beba um gole de sua água.
Agradeça à Deusa e destrace o Círculo, tendo a certeza de que a Donzela o abençoou.

As deusas-donzelas são freqüentemente associadas as flores e devem ser invocadas nas magias do amor, da beleza, do sexo e dos recomeços.

Exemplo delas: Nimue, Perséfone, Blodeuwedd, Brigid, Bhoidheoch, etc.

Tempo: Alvorecer, o passado.

Estação: Primavera


Deusa Mãe

A face Mãe da Deusa é tida como a da eterna doadora da vida.
Esta foi uma das primeiras representações religiosas expressas pelos seres humanos.
É a esse aspecto da Deusa que estão associadas todas as imagens que foram encontradas em escavações de sítios arqueológicos, como a Vênus de Willendorf.
Algumas imagens mitológicas atribuídas à Mãe são tidas tanto como criadoras quanto destruidoras.
Podemos ver isso como a própria Natureza em todos os seus aspectos.
Existem numerosos exemplos que poderiam ser associados ao aspecto da Deusa Mãe:
Deméter: Encarregada da fertilidade da terra e das colheitas.
Ísis: Chamada também de a Grande Mãe Criadora e Doadora da Vida.
Badb: A Deusa celta que forma uma trindade junto com Anu e Macha. Possui um caldeirão como símbolo do ventre.
Freya: Considerada a líder das Disir, as matriarcas Divinas. Está intimamente ligada à Magia e aos gatos.

Temas de Rituais que usam a face Mãe da Deusa:

Projeto de alegria e conclusão.
Quanto o parto está próximo.
Necessidade de força para finalizar algum assunto ou situação mal-resolvida.
Bênçãos e proteção.
Especialmente a mulheres que são ameaçadas por homens.
Direção em decisões da vida.
Matrimônios.
Achando ou escolhendo uma companheira ou um companheiro.
Escolhendo ou aceitando um animal.
Proteção de vida aos animais.
Fazendo escolhas de qualquer tipo.
Buscando por períodos de paz.
Intuição em desenvolvimento psíquico.
Direção espiritual.

A Mãe é aquela que se volta para a nutrição, a preocupação e a fertilidade; é uma mulher no início da vida e no cume do seu poder.
Ela protege e assegura a justiça.
Na idade humana, seria uma mulher por volta dos trinta anos.
As cores dela são um pouco mais fortes que as da Virgem, como vermelho, verde, cobre, púrpura, azul.
Os animais associados ao aspecto Mãe da Deusa são o gato e a pomba

Meditação para Conexão com a Mãe

Material necessário:
Um cálice com vinho;
Uma vela vermelha;
Caldeirão;
Ramos de trigo.

Procedimento:
Trace o Círculo Mágico.
Coloque a vela vermelha no interior do Caldeirão.
Enfeite o seu altar e o Caldeirão com os ramos de Trigo e então invoque a Deusa:

Deusa Mãe, cujos ossos e sangue são a Terra, venha a mim.
Deusa nutridora e bondosa, fertilidade da Terra, fogo da Lareira, venha a mim.
Mãe natureza, criadora do mundo e poderosa frutificadora, venha a mim,
Senhora, venha com a sua força plena e brilhante,
venha a mim, Senhora.

Acenda a vela do Caldeirão e olhe para a chama, meditando sobre os atributos da face Mãe da Deusa:
Bondade
Criação
Nutrição
Bênção
Proteção
Auxílio espiritual
Frutificação.

Medite sobre esses aspectos regidos pela Deusa, olhando fixamente para a chama da vela.
Feche os olhos e visualize uma mulher madura vindo da escuridão ao seu encontro.
Ela é a Grande Mãe, a Criadora de tudo e de todos.
Ela caminha em sua direção sorrindo e carregando um ramo de trigo e uma cornucópia nas mãos. É a nutridora, a Deusa da fertilidade e da abundância.
Ela sorri para você enquanto vertem moedas, grãos e frutas de sua cornucópia, ao vir em sua direção.
Pede que você abaixe e pegue uma das moedas.
Você assim o faz e entrega a moeda a Ela.
A Deusa traça um símbolo sobre a moeda e lhe devolve, dizendo que é um presente dela para você.
Aos poucos você percebe que de sua cornucópia não vertem mais moedas e grãos, mas sim uma poderosa luz que começa a envolver todo o seu ser.
Essa luz lhe traz vida, abundância, fartura e prosperidade.
Sinta a energia da Deusa fluir para você.
Aos poucos a luz vai se dispersando e você percebe que a figura da Deusa se dispersa junto com a luz.
Agradeça a Ela e sinta-se retornando aos poucos à sua consciência normal.
Tome um gole de vinho, despeje um pouco dele dentro do Caldeirão como uma oferenda à Deusa. Agradeça à Mãe e destrace o Círculo.

As deusas-mães são associadas aos grãos. Invoque as deusas-mães para a fertilidade, para melhorar seus relacionamentos, para nutrição e tudo o que for questão familiar.

São elas: Ísis, Deméter, Ishtar, Ceres, Danu, Anahita, Asherah, Sheng-Mu, Hathor, Lakshmi, etc.

Estação: Verão

Tempo: Meio-dia, Crepúsculo, o Presente.

Anciã
Sem a Virgem não há começos, sem a Mãe não há vida e sem a Anciã não há o fim.
A Deusa Anciã é o aspecto menos compreendido e o mais temido, já que nos leva inevitavelmente a refletir sobre a morte.
A Anciã foi reverenciada nas antigas culturas como regente do Submundo, visto antigamente como um lugar de descanso das almas entre as reencarnações.
Obviamente todos nascemos e morremos, e a função da Deusa Anciã é nos acompanhar durante a última etapa de nossa vida, preparando-se para o Outro Mundo.
Os exemplos associados à Deusa Anciã são:
Hécate: Entre os gregos, chamada de Rainha das Bruxas, era uma divindade do Submundo e da Lua, adorada nas encruzilhadas, onde se faziam sacrifícios em sua homenagem.
Hel: Deusa germânica do Submundo. Segundo os mitos, era a Ela que retornavam todos os mortos ao fim de sua existência.
Morrigu: Deusa celta dos Mortos, que também regia as guerras. Tem um aspecto triplo em si mesma e às vezes era chamada de “As três Morrigans”.

Temas de Rituais que usam a face Anciã da Deusa:

Relações, trabalhos, amizades e amizades que estejam terminando.
Menopausa ou sintomas de envelhecimento.
Divórcio.
Um reagrupamento de energias necessárias para o término de um ciclo de atividade ou problema.
Tranqüilidade antes de pensar em novas metas e planos.
Quando as plantas estão prontas para o Inverno.
Morte de uma pessoa ou animal.
Contemplação ao término de seu próprio ciclo da vida.
Mudança de habitação ou trabalho.
Necessidade de forte proteção contra ataques nos níveis físicos ou psíquicos e aborrecimento no plano dos espíritos.
Entendimento dos mistérios mais profundos.
Desenvolvimento dos estados de transe ou comunicação com o outro mundo.

A Anciã é um ser de sabedoria da idade avançada.
Ela é a Bruxa e conselheira.
Preocupa-se com a Virgem e com a Mãe.
Ela é lógica e pode ser terrível em sua vingança.
Na idade humana, ela teria aproximadamente 45 anos ou mais.
Dos três aspecto, o mais difícil de ter correspondência com a idade humana é o da Anciã.
As cores tradicionais dessa face são: preto, cinza, púrpura, marrom ou azul da meia-noite.
O aspecto negro da Deusa nos ensina que, assim como tudo na Natureza se move em ciclos, nossa vida segue o mesmo fluxo, e devemos aceitar a morte como uma passagem a outro estado, tão válido e parte da vida quanto o próprio nascimento.
Os animais associados à Deusa Anciã são a coruja, o corvo e o lobo.

Meditação para Conexão com a Anciã

Material necessário:
Caldeirão;
Um carretel de linha preta;
Uma vela preta.
Procedimento:
Trace o Círculo Mágico e então invoque a Deusa na sua face de Anciã:

Senhora da Sabedoria, venha a mim.
Grande Transformadora e Sábia, venha a mim.
Deusa do Caldeirão sagrado, venha a mim.
Você, que nos conduz ao instinto seguro através dos seus mistérios, venha a mim.
Poderosa Bruxa, Guardiã da força da Virgem e Portadora do Amor da Mãe, venha a mim.
Você que, por entregar seu amor em liberdade, é sempre Virgem, venha a mim.
Você, que conhece a força e segredo de todos os ritos, venha a mim.
Esteja comigo, Senhora.
Grande Conhecedora dos mistérios da vida, venha a mim.

Coloque a vela preta no interior do Caldeirão e acenda-a.
Comece a desenrolar o carretel, meditando sobre os atributos da Anciã:
Mistérios
Sabedoria
Transformação
Exterminação
Poderes ocultos
Encantamentos
Força mágica

Continue desenrolando o carretel, tendo em mente que ele representa o fio de sua vida.
Coloque a linha desenrolada dentro do seu Caldeirão, circundando a vela, e continue a meditar.
Feche os olhos e sinta as batidas do seu coração.
Deixe que o pulsar dessas batidas o leve até um Círculo de pedras envolto por brumas.
Aos poucos essas brumas começam a se dissipar e você visualiza uma Anciã envolvida por um manto, vindo em sua direção.
Ela apóia-se num cajado e caminha lentamente, vindo ao seu encontro .
Ela é Anciã que atravessou os Mundos para encontrar-se com você.
Ela se aproxima e então pergunta o porquê de sua ida até aquele lugar sagrado e o que você quer dela.
Converse com Ela e responda às suas indagações.
Diga que você foi ao encontro dela para conhecer os seus mistérios.
Peça-lhe conselhos e orientações.
Deixe que Ela o oriente.
Depois de conversar tudo o que era necessário, Ela o abençoará com o seu cajado, traçando um grande Pentagrama de luz sobre você.
Deixe o poder Dela atuar sobre a sua mente e corpo.
Ela está partilhando o Seu poder com você para que se torne ainda mais poderoso e sábio.
Agradeça-lhe a bênção, enquanto Ela se afasta vagarosamente de você.
Sinta as batidas do seu coração novamente e deixe que o seu pulsar traga-o à realidade novamente.
Lentamente sinta o seu ser e abra os olhos.
Agradeça à Deusa e destrace o Círculo Mágico.
As deusas-anciãs são associadas com os moinhos e os cemitérios. Invoque esta deusa para a sabedoria, experiência, términos de relacionamentos.

Estação: Outono, Inverno.

Tempo: Meia-noite, o Futuro.

As Deusas: Annis, Oya, Skuld, Baba Yaga, Greina, Hel, Sedna, T
oci, Maman Brigitte, Takotsi, etc.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A Deusa Tríplice

Fonte: (Todas as Deusas do Mundo – Por Claudiney Prieto)

Para nós Wiccanianos a Deusa é tríplice e ao mesmo tempo uma única Divindade.
Algumas vezes ela pode se manifestar com o sussurro dos ventos, Está dentro e fora de Nós. Pode estabelecer comunicação conosco por meio de nossos pensamentos, atitudes e Palavras, gestos. Ela pode comunicar-se conosco por uma manchete no Jornal, pela palavra doce e repressiva de um amigo, pelo sorriso de uma Criança ou pelo cruzar de um pássaro nos Céus. Outras vezes ela não se comunica conosco por nenhuma dessas formas, mas pelos sentimentos. Podemos sentir sua presença e amor quando estamos tristes. Ela pode confortar nosso coração quando passamos por problemas. Sempre está por perto nos mostrando que somos parte de tudo.
Na Wicca, a Deusa carrega em si a triplicidade de Donzela, Mãe e Anciã. Ela representa os aspectos da vida que todas as mulheres passarão um dia.

A DONZELA:  O desabrochar da Vida
Também chamada de Virgem, filha ou Jovem, a “Sagrada Virgem” Está relacionada  à primavera  assim sendo o momento dos novos inícios, do começo.
Ela é representada por uma donzela por volta dos seus 20 anos. Sua cor sagrada é o branco, a cor da pureza, da neve que degela dando passagem à primavera, tempo assim de celebrar a Donzela. Ela está associada à Lua crescente e algumas vezes à nova.
Alguns exemplos de Deusas Donzelas:
*Diana, Atena, Aine, Afrodite, Ártemis,Ariadne...

MÃE: A Fertilizadora e Mantenedora
O segundo aspecto da Deusa é a Mãe, também chamada de Amiga, Amante, Guerreira ou irmã. Ela é considerada a Grande Mãe, a Mãe Natureza, Criadora da Vida.
A cor sagrada da face Mãe da Deusa é o vermelho, a cor do Sangue que gera e doa a vida. A face lunar associada a ela é a cheia. Ela é simbolizada pelo Verão.
Alguns exemplos de Deusas Mãe são:
Deméter, Ísis, Gaia, Brigit, Hera, Danu...

A ANCIÃ: Conhecedora dos Mistérios
O terceiro aspecto da Deusa é a Anciã, também chamada de Velha, Avó, Parteira e Sábia. Ela talvez tenha se tornado o aspecto mais temido da Deusa, principalmente porque uma das suas funções é a morte. Mas aqueles que conhecem os mistérios da Deusa sabem que a morte é apenas um ciclo de transição, por isso não a temem. Ela é associada ao inverno, um período de transformações. Sua cor sagrada é o preto e sua fase lunar é a minguante.
Alguns exemplos de Deusas Anciãs são:
Hécate, Ceridwen, Macha, Morrigu, Kali...

A DEUSA NEGRA – A face esquecida e temida da Mãe
Esse é o aspecto mais misterioso, violento e temperamental. A Deusa Negra atua como destruidora, a que traz a morte. Mesmo sendo pouco compreendido, o trabalho com a face negra da Deusa é importantíssimo para o entendimento da própria Religião da Deusa. Ela é a contraparte do aspecto doador de vida da Deusa. Traz a morte, porque sem a morte não há fertilização. É destruidora, porque sem destruição não a crescimento. Ela nos ajuda a buscar o propósito de nossa vida.
A cor sagrada da Deusa Negra é o preto. Sua Lua Sagrada é a Negra, aspecto Lunar que ocorre de três dias antes da entrada oficial da Lua Nova.
Alguns exemplos de Deusas Negras:
Lilith, Kali, Baba yaga...

CONSAGRANDO SEU ALTAR


CONSAGRANDO SEU ALTAR
(Todas as Deusas do Mundo -  Claudiney Prieto)

Para consagrar o seu altar você vai precisar de:
Um sino
Um cálice com água
Sal
Incensos do aroma que você preferir
Uma vela  branca, uma vermelha e uma preta.
Depois de montar seu altar toque o sino três vezes e diga:
“Eu invoco aquela que é tão antiga quanto o tempo, A Donzela,a Mãe, a Anciã, para que venha abençoar este altar que construí em sua homenagem.
“Deusa da Bruxaria, Senhora soberana,
Esteja aqui
Pela Terra que é seu corpo
Pelo Ar que é seu sopro,
Pelo fogo que é seu Espírito
Pela água que é seu útero, esteja aqui Senhora”.
Pegue o sal, coloque as mãos sobre ele e diga:
“Abençoado seja, criatura da Terra, espírito da Terra, corpo da Mãe.”
Pegue o Cálice de água e coloque as mãos sobre ele dizendo:
“Abençoada seja, criatura da água, espírito da água,útero da Mãe.”
Coloque três pitadas de sal na água e diga:
“Terra e água para que haja fertilidade e vida.”
Respingue algumas gotas sobre o seu altar e diga:
“Pela Terra, que é o corpo Dela, e pela água, que é o útero Dela, eu abençôo, consagro e sacralizo este altar para torná-lo condigno a receber, conectar e representar a força da mãe”.
Acenda os incensos,passe a fumaça pelo altar e diga:
“Pelo ar que é o sopro dela, eu abençôo,consagro e sacralizo este altar para torná-lo condigno a receber, concentrar e representar a força da Mãe.”
Acenda a Vela branca e diga:
“Uma para a Donzela”.
Acenda a vela vermelha e diga:
“Uma para a Mãe”.
Acenda a preta e diga:
“Uma para a Anciã”.
Coloque as mãos sobre o altar, em forma de bênçãos e diga:
“Pelo fogo que é o espírito Dela, eu abençôo, consagro e sacralizo este santuário para torná-lo condigno a receber,concentrar e representar a força da Mãe. O Espírito da Deusa vive neste altar em suas três faces; Donzela, Mãe e Anciã. Ela que brilha para todos e que flui por meio de todos. Abençoada seja, Senhora!”
Toque o sino três vezes, e a consagração estará encerrada. Agora seu altar estará pronto para ser utilizado na realização de rituais.