segunda-feira, 28 de março de 2011



“A terra perdoa tudo. Ela é o centro imutável, o âmago tranquilo em volta do qual giram toda vida e movimento. Ela da base ao nosso ser, alimenta nosso corpos e nutre nossas almas. Mesmo quando a ferimos profundamente, a terra se cura e continua a gerar nosso sustento”.

"Na casa da lua" - Jason Elias e Katherine Ketchan
arte: Jean Kahui

Matriz.

Matrizes ancestrais,
enraizadas no tempo.
Subterrânea linhagem pelos "capilares da terra".
Grãos, conchas, rochas, sons, cores primárias, o cordão umbilical que nos liga as origens. O primeiro embrião e a primeira semente.

Envocação de vozes perdidas,
distantes e eternas,
aparentemente fragmentadas...
a conexão inevitável com o princípio de tudo,
terra, solo, mundo, vento, ar, vácuo,
planetas rondando pelo espaço infinito,
o negro e imenso céu que se expande
a cada respiração.

Espiritualidade Feminina


"As mulheres hoje estão descobrindo que a espiritualidade é autêntica quando é intrinsicamente subjetiva, quando é trazida para fora, penadamente do útero da sua própria experiência" 

sábado, 26 de março de 2011

salvia e sua magia

Nas montanhas semi-áridas da Califórnia cresce um tipo especial de Salvia, que é altamente reverenciada pelos índios norte-americanos. Para finalidades espirituais e medicinais, a Salvia Branca é uma poderosa erva. A palavra salvia vem do latim, ”salvea” que significa salvação. A Salvia Branca não gosta de lugares frescos que tenham sombras, ela frefere crescer em locais onde o sol e o calor sejam intenso, aproximadamente 50 graus.
Enquando outras plantas morrem neste calor extremo, a Salvia branca absorve a energia do sol para criar os óleos essenciais  que mantêm suas folhas flexíveis e vivas por causa da quantidade abundante de óleos essenciais produzido.
A Salvia Branca é ótima para se queimar como incenso. Os índios norte-americanos dizem que a fumaça da Salvia Branca não é só para purificar o corpo, mas lugares e objetos pessoais. Por esta razão ela é sagrada para muitas tribos. Algumas tribos colocam pedaços sa Salvia Branca na fogueira na convicção que a planta purifique o próprio fogo. Em algumas cerimônias do Índios Dakota, um galho de Salvia Branca é colocado atrás da orelha para que os espíritos possam reconhece-los.
” Em cada planta habita um espírito (elemental) em que o Grande Criador deposita  uma parcela de sua infinita sabedoria. E a Salvia Sagrada foi presenteada com o poder da purificação e a força da luz.” (1) 
”Certas plantas e ervas possuem um lugar, um propósito e funções específicos na Terra: curar. Para atingir eficácia nas curas nós seres humanos, devemos começar a admitir o fato de que a totalidade da planta deve ser empregada no tratamento, tanto suas propriedades físicas quanto espirituais…..A parte física da planta opera no corpo físico e ao  passo que a essência espiritual da planta trabalha com o espírito……”  (Médico Urso Pardo do Lago - O Curandeiro Nativo Norte Americano, 1991, p.170 )
Sugestões de Uso:
Limpeza Pessoal
”A Salvia Branca queimada pode ser usada para promover uma renovação de nossas energias. Este processo é de grande ajuda principalmente em épocas de grande mudanças em nossas vidas, em que podemos acabar  intoxicados pelas energias estagnadas oriundas de padrões de pensamentos e sentimentos já ultrapassados. A Salvia tem o poder de remover estas forças , purificar nossos campos energéticos trazendo a clareza e a força para continuarmos firmes em nossa caminhada.”  (1)
Peça a alguém para passar a fumaça da Salvia em seu corpo, na parte da frente  e   de trás. Não se esqueça do alto da cabeça e de seus pés. Se você não tiver alguém, para se defumar passe a Sálvia ao seu redor o tanto que você puder fazer. Respire profundamente com calma e respeito a você e ao Espirito da Salvia Branca e a observe a mudança de energia em você. Sinta a diferença energética.
Antes de dormir, queime algumas folhas de Salvia Branca para afastar as energias negativas do stress físico e emocional do dia a dia. Para um sono tranquilo e calmo, queime apenas uma folha da Salvia Branca e lembre-se de queimar com cuidado, em um recipiente seguro. Lembre-se que queremos a fumaça, não o fogo.
Limpezas de espaços (ambientes de trabalho, salas de reuniões e etc)
Queimar Salvia é muito bom e maravilhoso para dar boas vindas a amigos, a grupos e pessoas queridas.
Comece a fazer a limpeza na parte de trás da sala, caminhe ao longo de cada parede e defume o mais alto que você possa alcançar e então cruze o centro da sala e deixe a fumaça subir em seu próprio ritmo. Enquanto você caminha, peça ao seu anjo da guarda, ao seu mestre, enfim, ao Grande Espírito que as energias positivas possam entrar em seu espaço sagrado e que o grupo seja abençoado com esta experiência. Dê as boas vindas, então, a cada pessoa que entrar nesse espaço, como descrito acima na limpeza energética pessoal.
OBS: Tome cuidado com as fuligens da Salvia: elas podem queimar carpetes, cortinas etc…
Para limpeza de sua casa
Para limpar e abençoar sua casa ou apartamento, use uma poção generosa de Sálvia Branca para defumar. Abra a porta da frente . Vá para a parte de trás da casa e comece a limpar os quartos. Não se esqueça dos cantos das paredes. Entre e defume cada quarto, banheiros, armários, área de serviço, cozinha… enfim, todas as partes da casa. Quando você chegar na porta da frente, diga estas palavras: “Esta casa está abençoada com pensamentos elevados, para felicidade e prosperidade de todos que aqui vivem. Que todos que aqui vierem possam ser abençoados de alguma maneira e possam receber amor e carinho.” Então, coloque a Salvia na parte da frente da entrada da casa, deixe-a queimando por alguns instantes, limpando e abençoando sua casa.
Cachimbo Sagrado (Chanupa)
”Pode ser picada e misturada ao fumo de sua preferência. A Salvia ao ser ultilizada em cerimônias com o Cachimbo Sagrado  para cura ou mesmo conexão com a espiritualidade, tem os efeitos do fumo potencializados pois a Salvia promove uma grande abertura de consciência.” ( 1) 
OBS: Cabe ressaltar que o uso do Tabaco de ve ser utilizado da forma correta, sem tragar, e dentro de um ritual sério e respeitoso, assim será capaz de levar ao contato com o Grande Espírito,  funcionando exatamente como uma oração.

Purificação com Ervas


Purificação com Fumaça


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Todos os caminhos espirituais tem rituais de limpeza e purificação.Antes que uma pessoa possa passar por uma sessão de cura, ou curar outra, deve limpar-se de todos os sentimentos maus, pensamentos negativos, espíritos maus ou energia negativa . Limpeza física e espiritual ajuda as energias curativas a virem desobstruídas.
Homens de Conhecimento dizem que toda a cerimônia, grupal ou individual, deve ser feita de bom coração, de modo que possa rezar, cantar, dançar de maneira sagrada, ajudada por bons espíritos. São várias as formas de purificação e limpeza: fumaça, banhos, passes, alimentação, recolhimentos, calor, etc.
A Fumaça de limpeza é a mais antiga e é também a mais popular do meio xamânico, para purificar pensamentos, sentimentos e espíritos. O efeito é sempre melhor, se utilizarmos o material apropriado, conchas e turíbulos com carvão.
Apenas por vivenciar nosso dia-a-dia podemos atrair energias, não procuradas, para achar um lugar em nossos corações. As frustrações, ciúmes, raiva, inveja, etc, que atacam os humanos. Então é necessário limpar a nós mesmos de tempo em tempo, e, mais especialmente, antes de irmos para um trabalho com qualquer poder medicinal. Nossos irmãos verdes, as plantas, tem o poder de limpar o coração,mente, corpo, espírito.
A fumaça restabelece equilíbrio e harmonia transformando a energia através do fogo e purificando com essência de uma planta. Cria um processo físico, pensamento externo, espelho interno ou processo espiritual de equilíbrio e restauração de harmonia.
Colocar a erva numa concha de abalone (ou outra) ou numa casca de coco, simbolizando o Elemento Água. A própria erva representa o Elemento Terra. O Elemento Fogo é representado por ele próprio no momento da queima. A defumação é abanada por uma pena representando o Elemento Ar.
Evoque o Espírito da Erva, solicitando seus poderes de limpeza.
De frente para o Leste abanando a fumaça a sua frente você diz :

Espírito do Leste, de onde chega a luz. Portal do Espírito e do Elemento Fogo, Ilumine-me.


No sentido anti- horário (hem.Sul), gire o corpo ficando de frente para o Norte e diga :


Espírito do Norte (Hem.Sul) , onde o Sol está forte. Portal das emoções, sentimentos e do Elemento Água, fortifique-me.


No sentido anti-horário, volte-se para o Oeste :


Espírito do Oeste, onde o Sol se põe. Portal do Corpo e do Elemento Terra, transforme-me.


No sentido anti-horário, dirija-se para o Sul :


Espírito do Sul (Hem.Sul), onde o Sol descansa. Portal da Mente e do Elemento Ar, informe-me.


Volte para o Leste abanando a fumaça para o alto:


Céu, Grande Força Masculina atrás de tudo o que existe. Dê-me Poder


Ainda a Leste, abanando a fumaça para baixo :

Mãe-Terra, Grande Força Feminina atrás de tudo o que existe. Nutra-me.


Você pode também reverenciar os Três Mundos; o Superior, o Intermediário, o Subterrâneo, o Céu e a Terra
Depois, passe a fumaça em si próprio, começando dos pés até acima da cabeça por quatro vezes. Poderá também colocar suas mãos acima da fumaça e passar em seu rosto, e baixar a fumaça com as palmas da mão para baixo em direção ao seu corpo até os pés.
Muitas plantas são usadas para este fim. As mais conhecidas aqui no Brasil são as famosas ervas da Jurema : alecrim, arruda, alfazema, guiné, benjoim e outras. Vamos conhecer algumas de outras culturas :


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Cedro


Leva nossas preces ao criador, evoca bons espíritos, queima as energias negativas e invoca as positivas.
O cedro foi a árvore para rituais mágicos de limpeza praticados na Mesopotâmia. O aroma do cedro proporciona clareza mental, gera auto-confiança e fé durante fases difíceis da vida. Os egípcios e o povo da Mesopotâmia, usavam o cedro para ter sonhos detalhados que poderiam ser úteis para encontrar soluções difíceis.
O cedro é bom para acompanhar meditações e reflexões.
O espírito do cedro é considerado muito antigo e sábio por tribos do Pacífico Noroeste.
É da árvore da vida e é queimado para expulsar forças negativas.






Copal

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Era usada ritualisticamente por séculos. Os pedaços cristalizados da resina copal são colocados no carvão de lenha ardente que produz um fumo grosso, doce. A resina do Copal é queimada em cerimônias de proteção, limpeza e de purificação. A resina é extraída de um pinheiro que cresce no México.
Segundo as antigas lendas dos Maias, o copal foi extraído da árvore da vida que o Deus da Terra, presenteou para a humanidade em forma do sangue vital. É muito procurada por diversas tribos indígenas da América Central, fazendo parte de todas as rituais xamânes. No México conhece-se pelo menos três tipos de copal legítimo.
Copal negro possui um aroma levemente seco e acre, enquanto o copal branco é comparável com a resina de olíbano, entretanto, é considerado menos



Junípero

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Segundo Eugênio Carlos, para os nativos americanos, Junípero foi uma das plantas mais usadas para a queima de incensos.Eles usavam a ponta dos galhos. Junípero cria uma fragância quente e doce,ela fortalece,cura,acentua e limpa. Os nativos americanos ainda usam Junípero para dar boas vindas aos hóspedes e para dar suporte quando realizam algumas cerimônias ,usam também para limpar animais(cavalos) e carros.
É muito usado quando se fazem orações ou cânticos sagrados. Sua fragância expande a mente, cria e expande espaços internos e aclara. É considerada uma árvore sagrada muito poderosa,que pode recarregar as energias internas e externas dos lugares.Conhecida como "A árvore da vida",textos antigos falam que "onde quer que eu tenha a fragância do junípero,o Diabo não pode ser encontrado".




Lavanda

img É nativa da europa, frequentemente utilizada para convidar os espíritos
O nome pode ser derivado do latim lavare = lavar ou lavandula = azulada.
Entre os egípcios, ela foi usada para mumificação.
Há uma lenda de que as roupas de Jesus cristo foram colocadas num arbusto de lavanda e adquiriu a fragrância. Alguns cristãos acreditam que usar perfume de lavanda é uma salvaguarda contra o mal.
Moa para acalmar relacionamentos



Mirra.

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Esta resina ajudar a um manter um estado do alinhamento Também conecta um ao espírito da juventude. Para espiritualidade, magia , meditação, paz, proteção, purificação
Tem sido utilizadoa desde a antiguidade para inspirar oração e meditação e para fortalecer e revitalizar o espírito.
Tem uma qualidade misteriosa e sedutora. Auxilia na expansão da consciência, da realidade espiritual por traz do cotiano.
Acalma os medos e as incertezas com relação ao futuro. Amapilifica a força e coragem, aquece as emoções.

Olíbano - Frankincense

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Juntamente com a Mirra, já foi considerado valioso como o ouro (Ouro, incenso e mirra). Usou-se para embalsamar os corpos dos faraós . Esta resina é usada para limpeza e para proteger a alma. Usado para suavizar depressão e promover clarividência.
Segundo Eugênio Carlos do Saber da Terra, queimar a resina de Olíbano invoca uma sensação de prazer e eleva nosso Espírito para um sentimento aconchegante e de prazer. Há séculos o Olíbano é queimado.
Ele nos faz lembrar a maravilhosa historia dos Três Reis magos trazendo presentes de Olíbano mirra e ouro para o bebê Jesus como reconhecimento de sua divindade!
Esses presentes trazidos pelos Reis magos eram incensos altamente valiosos por sua fragrância e efeito em nosso Espírito.A resina de Olíbano tem algo de especial ela fala de séculos de devoção, inspiração Espiritual beleza harmonia e fé.Nossa resina de Olíbano é de primeira qualidade que vem da Somália - África, com um aroma que reconhecemos o fundo de nossa alma.
Olíbano e Mirra formam um par bem harmonioso. Mirra representa os princípios da feminilidade, à resina de Olíbano de boa qualidade é atribuída as forças masculinas. A resina amarga e aromática da Mirra desenvolve, durante a queima, um aroma doce e balsâmico


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Palo Santo (Pau-Santo)

Conhecido também como a madeira sagrada é um incense aromático de madeira natural usado por séculos pelos Incas como um remédio espiritual para purificação e limpeza e para proteção contra maus espíritos.
Segundo Camilo Anguita, a origem do o origem do Palo Santo é muito antiga. Era pelos Incas ems eus rituais e cerimõnias espirituais. Para que a madeira de palo santo tenha ótimas qualidadades a árvore deve estar morta há ao menos dez anos por causas naturais, tornando-o ecologicamente correto.
Está comprovado que se corta uma madeira do bosque, ela quase não tem aroma.
É usado frequentemente em cerimônias de Ayahuasca.



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Pétalas de Rosa


Produz um forte, quente e aromático perfume. Excelente para meditação, adivinhação.
Aumentae a capacidade psíquica e conecta-se coms seres de outras dimensões, possibilitando a comunicação
Também são tradicionalmente ligadas ao amor, conferindo paz, estimulando apetites sexuais,para encontrar a beleza.

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Salvia Branca

Para limpar maus sentimentos, más influências, para bloquear a entrada de maus espíritos nas .
Purifica os objetos cerimoniais. Eugenio Carlos acrescenta que os índios norte-americanos dizem que a fumaça da sálvia branca é para purificar o corpo, lugares e objetos pessoais. Por esta razão ela é muito sagrada para muitas tribos.
Algumas tribos colocam pedaços de sálvia branca na fogueira na convicção de que a planta purifique o próprio fogo.
Em algumas cerimônias dos índios Dakota, um galho de sálvia branca é colocado atrás da orelha para que os espíritos possam reconhece-lo.
Oferece a força, a sabedoria e a clareza da finalidade




Sweetgrass + Grama Doce

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Vem está trançada como uma trança de cabelos.
É queimada geralmente encostando em brasas ou pedras quentes.
A grama doce traz os espíritos bons e nas influências boas.
Como com cedro, grama doce ardente leva preces até o criador .
Eugênio acrescenta que produz uma agradável fragância luminosa. Ela limpa a atmosfera e é usada para cerimônias de limpeza. Segundo os nativos americanos,os bons espíritos,(aqueles que nos ajudam),adoram o aroma da "grama doce".
Sweet grass,é usada para atrair energias positivas durante cerimônias de cura,para gerar uma conecção positiva entre aluno e professr,para limpar um espaço ou para visualizações. Tradicionalmente,os nativos americanos,usavam antes a sálvia,para limpar os espaços dos maus espíritos que causavam que causavam as doenças.
Ela é uma erva para alma, gera um clima agradável de limpeza, de relaxamento,ajudando a encontrar serenidade,luz e cura. Durante uma cerimônia,conecta as pessoas á volta do fogo com as energias positivas das plantas.

Representa a bondade e é queimada para permitir que os espíritos bons entrem.



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Sagebrush

É considerada uma das plantas mais sagradas da Mãe terra para alguns nativos norte americanos.
É uma espécie de artemísia, é ideal para limpeza e purificação de quartos e espaços de casa e escritórios, criando uma aura protetora.
É queimada para expulsar; o mal, sentimentos e pensamentos negativos.
Para manter as entidades negativas afastadas. Alguns esfregam no corpo durante a tenda-do-suor.




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O Sândalo


Usado há mais de 4.000 anos para cura, proteção e para elevação espiritual .

Os místicos antigos usavam para estimular e ativar os centros psíquicos e os ajudar na meditação, para acalmar os nervos, ativar a sexualidade.
Eugenio Carlos acrescenta que no passado, os indianos verificam que as pregas não atacavam a árvore do sândalo,por essa razão,é considerada a árvore da vitalidade. Na medicina Ayurveda,(a ciência da longevidade),o sândalo é usado para tratar problemas respiratórios,de visícula, rins, inflamações e problemas de pele. É usado também para dor de cabeça e tem uma forte substância antibactericida.
Sua fragância gera uma atmosfera calma.É usado quando se busca paz interior, equilíbrio, em momentos de reflexão, para pessoas com stress e com um estilo de vida muito movimentado. Dissolve a tensão e é um convite para que sua imaginação flua em uma maravilhosa e rejuvenecedora viagem.
Auxilia no conhecimento de encarnações passadas.
Traz coragem e confiança para enfrentar momentos de mudança rápidas
proporciona tranquilidade e alinhamento.





Sangue de Dragão (Damemenorops draco)

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A Árvore do Dragão” cresce nas Ilhas Canárias. A Palmeira “Sangue de Dragão” encontra-se na Índia Oriental, Java e Borneo. Ambas as plantas exalam das frutas o chamado “Sangue do dragão”.
Quando a resina líquida é extraída através da corte da casca, exsuda um liquido vermelho, semelhante de sangue verdadeira. A resina queimada é empregada para receber a proteção dos Deuses, emitindo um aroma seco e de tempero.
Atua em misturas de defumação como agente de liga de óleos essenciais com resinas.
Profundo em sua ação emocional. Abre o coração e clareia o espírito.


Tabaco

img Sem dúvida uma unanimidade em todas as práticas xamânicas, para purificação, limpeza, proteção, elevação, agradecimento aos espíritos da natureza, exorcismo, bênçãos, passes.
O tabaco é uma planta de grande ajuda. Utilizada para defumação ou no Cachimbo Sagrado, ele pode, trazer novos começos para quem quer que o esteja usando ou para quaisquer projetos ou lugares para o qual ele é queimado
Acredita - se que o Tabaco abre a porta entre a Terra e o Universo do Espírito é usada em muitas maneiras pelos povos nativos. Se lhe oferecerem tabaco ritualisticamente, aceite, pois esse ato é sagrado .
Para limpeza o tabaco não precisa ser fumado, pode ser colocado em conchas, turíbulos, etc


Yerba Santa (Eriodicyon californicum)

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Esta planta de poder é empregada em muitas tribos indígenas para o fortalecimento e cura. As folhas secas foram usadas também como tabaco no cachimbo da paz.
O aroma da erva queimada assemelha-se de artemísia e resinas de pinheiros, com quais cria notas aromáticas muito harmoniosas. Seu aroma dá às misturas uma nota quente.
Ela ajuda nos estados de angústia e transmite força e poder.
A yerba santa limpa o ambiente e pessoas das energias negativas e restaura uma barreira de proteção ao nosso redor.
As folhas podem ser colocadas em volta da cama de pessoas doentes para proteção e cura.
Devido a estas qualidades a hierba santa pode ser queimada como incenso sagrado para criar um ambiente de proteção paz e amor

O Sweetgrass,Cedro e Saliva Branca juntas, são consideradas pelos nativos americanos, como a mais completa purificação. As ervas são depositadas em uma concha (abalone), que representa o Elemento Água, onde pedimos purificação do corpo emocional. A própria erva representa o Elemento Terra onde pedimos purificação do corpo físico e dos caminhos para prosperar na matéria. O* Elemento Fogo* é representado por ele próprio no momento da queima, nas brasas, e purificamos nosso corpo espiritual . Uma pena de ave, ventila e espalha a fumaça, representando o Elemento Ar e purificando nosso corpo mental, nossos pensamentos.
Muitas pessoas falam aos espíritos da planta :
- Espírito do Cedro. Possa eu, ser limpo de pensamentos negativos e sentimentos.
- Possa meu coração ser puro novamente. Que eu consiga caminhar em equilíbrio e harmonia.

- Espírito da Saliva ! Limpe-me de raivas do......Pode-se pedir limpeza para medos, aborrecimentos, duvidas, preocupações, etc.
Algumas purificações são feitas com bastões de ervas, nas próprias brasas da fogueira cerimonial e em turíbulos, com resinas, pó de sândalo, tabaco e Pau-Santo. O Tabaco, além da purificação, é usado para dar agradecimentos. É oferecido às pessoas idosas na troca para o conselho e a informação. É oferecido também aos espíritos e guardiões

Muitas outras ervas são usadas ao redor do mundo para esse fim. O simbolismo da cerimônia com fumaça é a purificação do espaço e dos participantes, banindo todas as energias não desejadas. Uma boa pratica de purificação também envolve os instrumentos cerimoniais. Enquanto as ervas vão se iluminando o aroma perfumado alcança suas narinas. As nuvens de fumaça levantam com a pena . O Corpo fica coberto com a fumaça perfumada, respira-se profundamente, inalando os efeitos. Enquanto a fumaça abaixa em torno de seu corpo, afeta sua pele e sentidos. Você percebe ficar relaxado, limpo, abençoado mesmo. Sua vida interna é tocada; suas emoções e memórias agitam.
Os pensamentos acalmam, inicia-se um relacionamento diferente com seus arredores e cria-se o ambiente propício para o trabalho espiritual.


A defumação na História



Por Eugênio Carlos

Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas. Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência do período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas rituais aos deuses. Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas aromáticas tinha, entre outros, efeitos alucinógenos, estimulantes e calmantes. Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e passado a centenas de gerações de xamãs.
Os seres humanos tem uma ligação muito forte com as plantas. As plantas aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).
As grandes civilizações desaparecidas do Oriente Médio e do Mediterrâneo glorificavam os aromas, que faziam parte de suas vidas. Creio que conhecer um pouco da história dos aromas e da defumação mágica, é uma introdução adequada para sua prática.


Descendentes de Atlântida


Há 4000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e da África. Através dela, acontecia o comércio e troca de diferentes mercadorias como por exemplo: ouro, olíbano, temperos e especiarias em geral; conseqüentemente, trocavam conhecimentos de suas diferentes culturas. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: "O Egito".
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos em direção ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. Inicialmente, sacerdotes e sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais. Eram queimados como incenso. Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, há um símbolo que aparece com freqüência que parece uma fumaça que sai dele mesmo. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde tempos antigos. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras distantes incenso, sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram exigidos como tributo aos povos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.
Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado, e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Queimava-se muito incenso nas cerimônias do templo, durante a coroação dos faraós e rituais religiosos. Queimava-se em enterros para extrair do corpo mumificado os espíritos negativos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos.


Os Sumérios e os Babilônios


É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumérios tiveram uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muita da literatura dos seus antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também. Madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo e outras, eram oferecidas às divindades. O incenso de mirra, que não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizados posteriormente pelos babilônios. Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos. O Baru era um sacerdote babilônio esperto na arte da adivinhação. Acendia-se incenso de madeira de cedro e acreditava-se que a direção que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça movia-se para a direita o êxito era a resposta, se movia-se para a esquerda a resposta era o fracasso.


Os gregos e romanos


Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e deusas. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos para perfumar-se que no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essenciais aromáticas pelas pessoas com temor de não ter suficiente incenso para queimar nos altares das divindades.
Nativos americanos
Os nativos americanos vivem em harmonia com a terra, reverenciam-na como geradora de vida. Os nativos americanos desde muito tempo tem conhecido o valor e poder de cura das plantas de poder, usadas em tendas de suor, dança do tambor etc. Queima se sálvia, cedro e resinas para limpeza de objetos de poder. É usada para a saúde e o bem estar de sua tribo.
Incenso do Templo
Desde épocas mais antigas, as substâncias aromáticas naturais de plantas tem um papel vital na vida diária dos povos. Estas ligações vitais entre povos e plantas perderam-se, e muitos de nós perdemos o toque com a terra e com nosso próprio estado de saúde.
De acordo com o Zohar, oferecer incenso é a parte a mais preciosa do serviço do templo para os olhos do grande deus. Ter a honra de conduzir este serviço, é permitido somente uma única vez na vida. Diz-se que quem teve o privilégio de oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para sempre, neste mundo e no seguinte.

Continuando com Eugênio :
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda, bem como nos ambientes domésticos. Este ritual é praticado com o objetivo de purificar o ambiente (terreiro/residência), bem como o corpo do médium e da assistência (pessoas que irão participar da gira), retirando as energias negativas e preparando o local para que a gira possa ocorrer em harmonia.
Pode-se aproveitar o know-how pego pela Umbanda para fazer uma limpeza em sua própria casa. Para fazer uma defumação correta só precisa de carvão em brasa dentro de um turíbulo (incensório pequeno, geralmente feito de barro). Jogue as ervas secas dentro (ou na parte de cima, dependendo do modelo de incensório) e vá defumando toda a casa: se for para limpeza espiritual, defume sempre de dentro para fora; se for para atrair bons fluidos e dinheiro, defume de fora para dentro. Os resíduos da defumação podem ser jogados no rio, no lixo, no terreno baldio, em qualquer lugar bem longe da casa, na encruzilhada, etc. (isto vai variar com a bula da defumação). Várias pessoas também aconselham seguir a posição da lua. Ex: para quebrar feitiço e limpeza em geral, fazer na lua minguante. Nas luas nova, crescente ou cheia, fazer a defumação para prosperidade, amor, etc.
Existem dois tipos de defumação:

DEFUMAÇÃO DE DESCARREGO

Serve para afastar seres do baixo astral e dissipar larvas astrais que impregnam qualquer ambiente, tornando-o carregado e ocasionando perturbações nas pessoas que neles se encontram. Ervas utilizadas:
ARTEMíSIA VULGARIS : Esta erva pode utilizado para estimular energia psíquica e sonhos proféticos.Os lakotas acreditam que quando artemisia (Mugwort) é queimada faz com que os maus espíritos fogem
ALECRIM DO CAMPO: defesa dos males; tira inveja e olho gordo, protege de magias.
ARRUDA: descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços.
BELADONA: limpeza de ambientes
BENJOIM RESINA e CANELA: limpa o ambiente e destrói larvas astrais.
CARDO SANTO: defesa, quebra olho gordo.
CIPÓ CABOCLO: elimina todas as larvas astrais do ambiente.
FOLHA DE BAMBU: afasta vampiros astrais.
GUINÉ: atua como poderoso escudo mágico contra malefícios.
INCENSO: tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral.
MIRRA: descarrego forte, afasta maus espíritos.
PALHA DE ALHO: afasta más vibrações.
Modo de usar: varra a casa ou local a ser defumado; acenda uma vela para seu anjo da guarda; depois, acenda um braseiro e coloque três tipos diferentes de ervas. Defume de dentro para fora, mantendo o pensamento firme de que está limpando sua casa, sua família e seu corpo.

DEFUMAÇÃO LUSTRAL

Além de afastar alguns remanescentes astrais que por ventura tenham se mantido após a defumação de descarrego, esta defumação atrai para o ambiente correntes positivas das entidades que se encarregarão de abrir seus caminhos. Ervas usadas:
ABRE CAMINHO: abre o caminho atraindo bons fluidos dando força e liderança.
ALFAZEMA: atrativo feminino, deixa o lar mais suave, limpa, purifica e traz o entendimento.
ANIS ESTRELADO: atrativo; chama dinheiro.
COLÔNIA: atrai fluídos benéficos.
CRAVO DA ÍNDIA: atrativo; chama dinheiro e dá força à defumação.
EUCALIPTO: atrai a corrente de Oxossi.
LEVANTE: abre os caminhos do ambiente.
LOURO: abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente.
MADRESSILVA: desenvolve a intuição e a criatividade; favorece também a prosperidade.
MANJERICÃO: chama dinheiro.
ROSA BRANCA: paz e harmonia.
SÂNDALO: atrativo do sexo oposto e também ajuda a conectar com a essência Divina.
Modo de usar: esta defumação deve ser feita da porta da rua para dentro do ambiente.
Na limpeza evite escolher ervas com funções diferentes, por exemplo: Levante, Louro e Cardo Santo, pois duas estão abrindo o caminho e a terceira (Cardo Santo) é para limpeza. Isso pode não combinar, por isso primeiro defume a casa fazendo somente a limpeza, de dentro para fora; depois, use as ervas para atrair coisas boas (de fora para dentro).
Quando for fazer defumação de café e açúcar, não faça com os 2 juntos; primeiro, defume de dentro para fora com o café, jogue as brasas e os resíduos bem longe; depois, defume de fora para dentro com o açúcar.
Quando for usar Incenso, Mirra e Benjoim, coloque uma quarta erva para limpeza.
Muitas pessoas não podem defumar a casa porque o marido, mulher ou vizinhos não gostam da defumação. Então, para uma defumação mais simples e funcional, faça-a com incensos, seguindo a orientação abaixo:


PARA LIMPEZA DE AMBIENTE COM INCENSOS

Encha um copo virgem (de vidro) de arroz cru, coloque 8 varetas de incenso, podendo ser de Arruda, Alecrim, Cânfora, Eucalipto, Madressilva ou Pimenta; passe este copo na casa inteira (começando de dentro para fora da porta de entrada) e quando chegar na porta de entrada, deixe-os queimando; no término, jogue todos os resíduos (arroz e o pó do incenso) na água corrente; o copo guarde para a próxima defumação.


Tabela de incensos:


Limpeza: Olibano, elemi, copal, cravo da índia, junípero, louro cedro, lavanda, alecrim, salvia branca, sangue de dragão, sweetgrass.
Coragem: Elemi, sangue de dragão, bálsamo do Peru, olibano, palusanto, louro, lavanda, cedro, pinho, junípero, salvia branca, tomilho.
Criatividade : Anis estrelado, copal, cravo da índia, mastic, elemi, breuzinho, olibano, capim limão, junípero.
Relaxar: Lavanda, sândalo, vetiver, sandarac, nardo.
Meditação & oração: Sândalo, mirra, olibano, mastic, copal, nardo, Ladano, sangue de dragão, damar, aloés madeira.
Sono: Sândalo, nardo, galbano, mirra, salvia branca, lavanda.
Sonhos: Aloés madeira, mastic, louro, lavanda.
Amor: Sândalo, aloés copal, beijoim, mirra, vetiver, cássia, nardo, rosa patchuli.










As Bruxas e a Menstruação



As Bruxas e a Menstruação



"Tudo na criação é cíclico. Tudo tem um início, meio e fim para voltar a ter um início, meio e fim novamente. Não existe nada de completamente errado no mundo. Mesmo o relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia."

As mulheres aprendem mais rápido os mistérios das feitiçarias porque todo o mês acontecia em seu corpo o ciclo completo da Natureza: nascimento, desenvolvimento e morte. O ciclo da Lua. Digo "acontecia" porque em certa época todos os ciclos menstruais das mulheres estavam em perfeita harmonia com a Lua. A mulher ovulava na Lua cheia e menstruava na Lua escura. A Lua cheia é o ápice do ciclo da criação, quando o ovo é finalmente liberado. Nos 14 dias que antecedem esta liberação, as energias da criação reunem todos os elementos necessários para fazer o ovo. Quando passa a Lua cheia se o ovo não foi fertilizado, ele começa a ficar maduro demais até que se decompõe, morre e se derrama ao fluxo natural de sangue na Lua escura. Além disso se uma mulher come e vive em harmonmiacom a terra, ela só sangra durante os 3 dias da Lua escura. Quando a Lua Nova emerge, seu fluxo naturalmente cessa e o ciclo da criaçãp é reiniciado dentro dela.





Parte 1
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Muitas mulheres vêem o sangue menstrual com as marcas que o patriarcado lhe colocou: sujo, nojento, desagradável...

Bem, para ser uma bruxa você tem que destruir esses pensamentos e essas sensações e recuperar a sacralidade de seu sangue menstrual. Acostume-se com seu sangue menstrual.

Menstruar é um fato central na vida de qualquer mulher. Entre as diferenças que existem entre homens e mulheres, 'sangrar sem morrer' certamente é uma das mais significativas e que deixou forte impressão na mente humana, desde o primórdio dos tempos. Para nossas ancestrais da Idade da Pedra, o sangue menstrual era sagrado. A palavra sacramento provavelmente se origina de sacer mens, literalmente, menstruação sagrada.

Menstruação significa "mudança de lua". Tem como sílaba-raíz mens, mensis, e está na origem da contagem do tempo. Forma palavras como medida, dimensão, metro, mente, para citar algumas.
O sangue menstrual, representando o poder de criar vida que conecta as mulheres com o próprio universo, era tabu, palavra polinésia significando "sagrado" e "proibido". Nas sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrado com um rito de passagem, auxiliando a menina a realizar sua entrada para o reino do mana: o poder sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida.

Ao longo dos milênios, as mulheres têm desaprendido a arte de menstruar, de fluir com a vida. O que era sagrado tornou-se proibido, sujo, contaminado. A regra passou a ser esconder a regra. O resultado disto foi que o evento central na vida de toda mulher madura tornou-se invisível. Mesmo mulheres "liberadas" acreditam que suas regras (aquilo que as rege) são uma inconveniência que deveria ser eliminada. A decantada imprevisibilidade feminina é, em grande parte, decorrente das oscilaçes a que a mulher está submetida, ao longo de seu ciclo mensal. É expressão da imprevisibilidade da própria vida.
Se você quiser se conhecer melhor como mulher:
· fique atenta ás oscilações que você sente durante seu ciclo menstrual
· observe a lua e note a diferença de menstruar na lua cheia ou lua nova
· anote seus sonhos e veja as diferenças entre ovulação e menstruação.
· elabore um mapa dos padrões para ajudar você a programar seu 'tempo da lua'.

Faça de sua menstruação um tempo de celebração como mulher.



Ritual de celebração menstrual

-velas vermelhas,
-uma granada ou cornalina,
- flores de hibisco ou outras flores vermelhas
- seu jarro menstrual
- vinho tinto
- bolo
- incenso de artemísia ou canela
- uma pedra chata, recolhida por você em uma cachoeira ou rio ( mais ou menos com uns 20 cm ou um pouco mais, e um pouquinho pesada, para você poder colocar sobre o ventre e fazer uma certa pressão)

Acenda os incensos e unte as velas com seu sangue, acendendo-as. Coloque a pedra achatada a sua frente e desenhe nela com seu sangue símbolos da Deusa: espirais, labirintos, triskelions, etc. Deixe no altar suas pedras de cornalina e granada e as flores. Pegue a pedra grande já desenhada, deite-se e coloque-a sobre o útero.
Feche os olhos e comece a se tornar consciente apenas da pedra e do peso sobre seu ventre. Respire no ventre e se conecte com ele. Veja a cor que está aparecendo. Torne-se consciente do grande poder que o sangue menstrual
implica, porque iguala você e a Deusa no processo da Criação. Medite sobre a pequena morte que a menstruação representa. Lembre de quanto sangue ja´ verteu para que a humanidade chegasse aqui e perceba a irmandade que une todas as mulheres que existem e que existirão. Viaje para dentro de seu útero, percebendo-o como que forrado em rico veludo vermelho... Ande por ele procurando o fluxo de sangue ... Veja uma grande piscina de sangue e banhe-se nela. Recupere suas forças nesse processo, recupere o poder de seu ventre.
Veja seu ventre pulsando com essa energia vermelha, saudável e luminoso. Encerre a meditação e imante as flores com essa energia do sangue. Consagre o vinho tinto e o beba em homenagem a Senhora do Oceano de
Sangue, não sem antes fazer uma libação. Coma o bolo. Faça uma oferenda para a Mãe Terra, com parte do vinho, do bolo e com um pouco do seu sangue colocado sobre a terra.
Para melhorar cólicas e diminuir a TPM

Mulheres em conexão com seu ventre, mulheres que assumem o poder da bruxa não têm- salvo patologias mais complexas e mesmo assim raramente- cólicas e problemas com sua menstruação...

Regra número um para obter a conexão é se expor a luz da lua todas as noites por alguns segundos ao menos. A atitude mental deve ser a de fazer coincidir as fases do ciclo com as da lua. Assim, menstrua-se
entre minguante e nova, está-se fértil na cheia...mesmo que sua menstruação não seja assim, vc pode fazer com que o ciclo mude. Se for do tipo que menstrua com a lua cheia, imagine as fases inversamente. Toda noite olhe para o céu e veja a lua. Peça sua força para seu ventre e visualize o que deveria estar acontecendo nele de acordo com a fase da lua.

Você vai se surpreender com a rapidez da resposta. Seu ciclo muda em média, em 3 meses.

Faça um diário lunar, ou seja, todos os dias, por 6 meses, anote o dia do mês, a fase da lua ( contando assim: primeiro dia da crescente, segundo da crescente, primeiro da cheia e assim por diante), como se sente física, mental e psicologicamente. Assim descobrirá em que lua você e´ mais forte, qual sua lua de poder em qual prefere estar recolhida. Isso é essencial para quem trabalha com magia lunar.

- CORNALINA - pedra ideal para colocar sobre o ventre. Diminui as cólicas pela energia que concentra.



Sacola e jarro menstrual

Faça um saquinho de couro ou pano vermelho, colocando dentro objetos de poder ligados à menstruação...Um buzio (que representa a vagina), contas vermelhas, granadas, pétalas de rosa, um desenho de sua vulva em vermelho, uma espiral, uma lua em vermelho sangue. Imante-a e carregue na bolsa quando estiver menstruada, deixando em seu altar o resto do Mês.

Pinte um jarro de vermelho e use-o exclusivamente para fazer a oferenda de seu sangue à Mãe Terra. Coloque água nele e lave seu absorvente. Leve a água com sangue para a natureza ou regue um vaso em sua casa ou
apartamento, mentalizando que está agradecendo à Mãe por compartilhar seu poder com você.

Partilhar e festejar

Busque outras bruxas ( ou outras mulheres que se interessem pelo tema, mesmo que não sejam bruxas) e partilhe com elas histórias e segredos, experiências e meditações , insights que você teve durante a menstruação.
Se todas estiverem acertadas com o ciclo lunar, menstruarão mais ou menos nos mesmos dias do Mês. Recuperem o costume ancestral das mulheres que se reuniam em seu Tempo da Lua para partilhar dos poderes
próprios das mulheres. Celebrem, festejem, cantem e dancem esse tempo que a Mãe nos dá como privilégio e do qual temos que nos orgulhar.





Parte 2
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Mistérios Femininos
A menstruação é uma das coisas mais sagradas para uma Bruxa e provavelmente o Mistério mais profundo da sacralidade feminina e espiritualidade da Deusa.Em muitas culturas antigas a primeira menstruação de uma garota, a menarca, era marcada com um Rito de Passagem especial. Isto era uma forma de iniciação que introduzia a garota na vida adulta lhe ensinando valores e Mistérios próprios dessa nova condição de vida. Rituais como este foram celebrados entre povos tão distantes quanto os africanos, havaianos, celtas e nativos americanos.Muitos são as Tradições mágicas ligadas à menstruação da mulher e seu ciclo.No Egito os Faraós faziam elixires mágicos com o sangue menstrual para aumentar os seus poderes espirituais e magnetismo. Os gregos misturavam o sangue menstrual de uma mulher nas sementes que seriam plantadas, pois acreditavam que isso aumentava a fertilidade do solo e a possibilidade de conseguir uma colheita farta. Muitas são as lendas que nos falam da criação do mundo através do sangue menstrual da Deusa.Muitos povos antigos construíam templos especiais dedicados à reclusão das mulheres durante sua menstruação, uma vez que eles acreditavam que a mulher possuía poderes mágicos incríveis durante esta fase. As mulheres também eram altamente honradas durante seu período menstrual e recebiam privilégios. Entre os nativos americanos a mulher menstruada saia à noite para caminhar nua entre os campos quando as sementes estavam crescendo, isso afastava os insetos e pragas.

Quando a mulher não encontra solo fértil onde possa aprender e honrar este processo natural de transformação que ocorre em seu corpo, ela pode desenvolver danos psicológicos que acabam por transformar esta transição em uma fase brutal de crises, contestações, problemas emocionais e desencontros internos. Algumas mulheres podem demorar anos para resolver as crises provindas de uma transição mal resolvida na adolescência, outras nunca sairão delas.Uma mulher que não é ensinada a honrar a sacralidade do seu corpo e de sua menstruação perde o seu orgulho, sua auto-estima e confiança. O retorno aos rituais que celebram a Menarca e a transição da infância para a fase adulta da mulher através dos Mistérios do Sangue formam a noção de individualidade, honra e respeito em uma mulher, já que as mulheres não sentem naturalmente vergonha da sua menstruação, são sim ensinadas a isso. Quanto mais as mulheres honrarem seus próprios mistérios, a sacralidade de seu próprio corpo, mais a humanidade estará se afastando do caos promovido por séculos de patriarcado e ofuscação da força e poder feminino.A verdadeira Bruxa deve ter consciência da sacralidade do seu próprio sangue mensal e sobre os Mistérios e ritos que o envolvem. Em tais ritos ela deve perceber o seu sangue como o elixir da vida, sem o qual nada nem ninguém existiria.O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de que ela é a manifestação da Deusa na Terra, que ela é fértil como a Terra, que ela é a vida que nutre a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a mulher se sentir estranha, fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois renegar a importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher que honra seu ciclo mensal passa a ver o seu sangue não com vergonha, mas como sagrado, o sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da vida está no retorno à sabedoria da mulher e da Deusa.

Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher. Antes dos avanços científicos e o entendimento biológico da menstruação, o ciclo mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade que a mulher tinha de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente ligado a vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua saúde prejudicada era motivo de espanto e reafirmava o poder da mulher, o qual todos honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido descobertos, a gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu sangue em nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das mulheres eram o templo sagrado da vida. Com a chegada das religiões patrilineares, a mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos os males da vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a ser considerado algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres passaram a ser propriedade dos homens. Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários tabus. A própria bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por aqueles que tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse menstruando deveria permanecer intocada por um ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período menstrual deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher menstruada deveria se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro durante um período de 24 horas. Para compreendermos isso devemos entender que a menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o tempo é esquecido, deixado de lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a Deusa, pois como Ela a mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias.Celebrar novamente os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e resacralização de seu útero, de suas vidas, permitindo que as mulheres se sintam novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao passo que nossa cultura deixa de realizar tais cerimônias, ela reforça os valores patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder da mulher. Muitos são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa comunidade em honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da menstruação, que é visto por muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição inferior aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.

"O sangue menstrual, representando o poder de criar vida que conecta as mulheres com o próprio universo"

Tabu mestruação

Há um bom tempo atrás eu estava conversando com a Márcia Frazão e ela chamou a atenção para uma situação pouco comentada no universo mágico: o tabu da menstruação.
Na sociedade contemporânea, a menstruação ainda é vista com reservas. Uma mulher bem educada não pode falar sobre menstruação, cólicas menstruais, ovulação ou qualquer aspecto de seu aparelho reprodutivo - salvo entre outras mulheres.
Esse "assunto feminino" deve ser banido para os banheiros femininos, rodas de amigas e consultórios ginecológicos - sempre com o absorvente usado devidamente escondido.
Enquanto isso, os rapazes falam abertamente de sua ejaculação, disposição sexual, problemas intestinais, conquistas amorosas e largam camisinhas usadas em todos os lugares, numa forma explícita de demonstrar virilidade. Qual a diferença?
A diferença está na regulação imposta sobre o corpo feminino, mais especificamente sobre sua capacidade de reprodução.

Há homens que se recusam a fazer sexo com uma mulher menstruada, pensando a menstruação como algo "sujo".
Outros preferem a mulher menstruada, pensando nos incômodos da paternidade, mas estes são minoria absoluta.
O que me espanta é ver a quantidade de mulheres que, negando o ciclo natural de seu próprio corpo, entendem que a menstruação é uma fonte de impureza. Vamos analisar o problema mais de perto, do ponto de vista mágico.

As formas de magia mais populares no Brasil utilizam a menstruação como um elemento mágico, sobretudo nas amarrações de amor.
No neopaganismo braçado pela classe média urbana brasileira e social em geral, a menstruação toma dois focos: é sinônimo de impureza ou força original e primária da mulher.
Essas duas posições são antagônicas e irreconciliáveis, embora tenham - do meu ponto de vista - uma origem comum.

Não vou descer aos meandros da análise histórica, até porque sempre vejo um desavisado bancando o historiador amador e caindo na esparrela de explicar qualquer coisa pela "civilização judaico-cristã".
Muitas outras culturas vêem a menstruação como algo impuro, como os ciganos, por exemplo.
Muitas culturas celebram a menarca de suas filhas, o que foi interpretado pela teoria feminista como um indício de que o corpo da mulher é mais sagrado para essas culturas do que para a cultura ocidental.
Este tipo de pensamento foi o que desenvolveu a idéia francamente abraçada - sobretudo nos EUA – de utilizar o sagrado e o religioso como formas de transformação de nossas atitudes cotidianas. Um simples gesto, muitas vezes, muda toda uma visão de mundo.

Mary Douglas foi uma antropóloga que descreveu a associação que muitas culturas realizam entre a impureza e o perigo. Sendo impura, a menstruação ofereceria algum grau de perigo.
Na verdade, penso que pode ter ocorrido o inverso. Sendo uma fonte mágica primordial, a menstruação foi um dia considerada o poder original feminino. Alguns cultos a deusas específicas, tomados por sacerdotes - uma vez expurgadas suas sacerdotisas - trocaram o sangue menstrual pelo sangue sacrificial dos sacerdotes, como na circuncisão, na castração ou na amputação dos mamilos.

O estabelecimento de uma nova ordem, com a dominação masculina e o desrespeito pelo feminino - que nem de longe é um problema exclusivo da "civilização judaico-cristã", visto não existir uma sociedade matriarcal na face do planeta - tornaram este poder sagrado perigoso e, conseqüentemente, impuro.
Não posso provar o que digo.
Embora eu me baseie em teoria antropológica e indícios arqueológicos do Paleolítico e Neolítico, conforme demonstrado por Riane Eisler e Marija Gimbutas, esta é uma teoria imbuída da crítica feminista - que tem seus pontos bons e ruins - e de uma visão de mundo neopagã, que nem sempre condiz com a realidade e muitas vezes distorce o sentido original do paganismo pelo mundo.
O sentido desta coluna, contudo, é iniciar uma reflexão sobre os aspectos mais cotidianos de nossa vida.

Aqueles que sempre passam sem crítica consciente.

O que fazer para mudar o cotidiano?
Magia não é nada, nem serve para nada, se não transformar o mundo à nossa volta.
Que não se espere, contudo, a aparição de um tio velhinho com uma gorda herança ou a queda súbita de um regime fascista.
A mudança deve antes ser interna.
Como diziam as feministas, "o pessoal é político".
Mudando nossas próprias atitudes e transformando as situações pessoais nós também transformamos o mundo. Se a leitora já se viu tratando a menstruação como algo impuro, pare, pense e reconsidere que tipo de ideologia está reproduzindo, às vezes de forma inconsciente.
Os corpos das mulheres são sagrados com todos os fluxos e humores eles contidos, assim como os corpos dos homens. Afinal, somos todos filhos dos deuses e os deuses não habitam apenas a alma.


Projeto Hécate

quarta-feira, 23 de março de 2011



 

Primeiro dia do outono (Equinócio do Outono).
Em 2011, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 20/Mar às 20:21 (Horário de Brasília).

O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotiza e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).

Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.


Ritual do Sabbat Mabon

Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.

Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.

Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo: COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAçO ESTE CíRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEçãO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga: OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o sul e diga: OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o oeste e diga: OH SAGRADAS ONDINAS DA áGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga: OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga: AR, FOGO, áGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAçõES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANçAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: ABENçOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERãO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!

Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.


MAIS SOBRE MABON

Sobre Mabom
Em mabom dia e noites são iguais ainda exalando o equilibrio do encontro entre o Deus e a Deusa.Ela está gravida, e Embora empregnada pelo sol ela sabe que, as sombras já começam a querer dominar o dia e o sol está prestes á declinar. O Deus começa a se preparar para a longa viagem que fará ao submundo, viagem esta que fecundará a Terra, e a fertilizará com a sua morte (Samhain)

Mabom é um momento de agradecer, sentarmos com nossos irmãos e relembrarmos as lutas trazidas pelo inverno que passou, o aprendizado vindo com a primavera, e as bençãos que vieram com o verão e suas colheitas. Neste momento a natureza se prepara para se reciclar , lançando sobre o chão as suas folhas, para dar á terra o alimento necessário para que esta se recomponha para o proximo plantio.

O que mais me chama atenção em Mabom, não é o fato de que esta seja a segunda, e maior colheita da roda do ano.O ponto alto, é que em Mabom, de posse de uma maravilhosa colheita, e da experiencia adiqirida durante toda a roda que passou, temos a oportunidade de escolhermos os frutos que queremos plantar ( e por conseguinte, colher)na nosa proxima roda.Isso significa dizer que, em Mabom definimos o que queremos pro proximo ano, fazemos planos, instituímos metas, e temos poder para fazer a egregora mágica girar á favor destas metas.

Assim sendo, para aqueles que desejam ter uma magnifica proxima roda, reflitam sobre seus sonhos tracem as estratégias necessárias para que a sua proxima colheita seja farta, em fim, separem de suas vidas as primeiras e melhores sementes e fecundem com elas a terra de seus sonhos, seu ventre e a terra que vc pisa.Afinal dela viemos e para ela retornaremos.


Correspondência de Mabon

Cores: marrom, verde, amarelo, vermelho.

Nome alternativos: Equinócio de Outono, Encontro do Inverno, Winter Finding, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Festa de Avalon, Segunda Colheita.

Deuses: do vinho e colheita. (para mim, uma sacerdotisa voltada á suméria - Ninlil, a face clara de Ereshkigal, Inanna e Tamuz, seu esposo)

Ervas: alecrim, calêndula, sálvia, noz, folhas e cascas, visco, açafrão, camomila, folhas de amêndoa, frankincenso, rosa, agridoce, girassol, trigo, folhas de carvalho, maçã seca ou sementes de maçã.

Pedras: âmbar, peridoto, diamante, ouro, citrino, topázio amarelo, olho-de-gato, aventurina.

Para Celebrar Mabom.

Celebrar o Equinócio de Outono, não exige muito, como qualquer outro sabbat, deve ser comemorado com muita alegria, pois todos os rituais de amor e prazer são também os rituais que honram a Deusa.Contudo Mabom é um sabbat de fartura, de contemplação, de felicidade.Experimente presentear-se com um brinde magnífico e uma super refeição repleta de antico, de magia. sinta os sabores do que come, do que bebe, diferencie-os em sua mente enquanto come, agradecendo á grande mãe pela oportunidade, e pela maravilhosa colheita.

Se você participa de um coven ou círculo, reuna-se aos seus, (saudades do CAI ahhhhhhhhhh) e comemore a dádiva de estarem juntos,e juntos unam suas energias em virtude dos planos de crescimento individuais e coletivos (do coven).

Pra quem não tem a oportunidade de estar com seu coven (como eu :( por ex) ou nao tem um circulo/coven com amigos de jornada, vale tudo: uma vasilha com pipocas e bacon bem fritinho, um jantar maravilhoso na beira da praia, acompanhado de um bom vinho, meditar, estar com os deuses, honra-los com sua alegria e gratidão, estar com pessoas queridas e rir, rir muito, além é claro de "tricotar" seus pedidos para a roda seguinte.

Se gosta de trabalhos manuais, toda a espécie de mandalas, amuletos, bordados (quem gosta de magia do tipo "fiandeira"- ponto cruz, bordado manual e etc) e trabalhos com runas é uma otima pedida, isto é por que este tipo de trabalhos fixam no subconsciente as sementes que selecionamos para a proxima roda. Experimente fazê-lo mentalizando suas metas e as estratégias que traçou para si mesmo.

Não se sinta mal se não puder fazer um super mega ultra power ritual. O que importa é sempre a sua intenção e a força mental que será a base do mais simples dos rituais: o seu riso e o seu sentimento de gratidão aos Deuses.


Gratos somos á Senhora da abundância e ao Deus da colheita.
Abençoadas sejam as nossas colheitas, abençoados sejam os nossos caminhos!!!!!!!


Mabom – A Segunda Colheita

Por volta de 21 de março no hemisfério Sul

&

Por volta de 22 de setembro no hemisfério Norte



Mabom é o segundo dos três Sabbats da colheita.

A Deusa está agora fortemente impregnada pela energia do Sol, que a cada dia parte mais rápido para o País do Verão. Conforme o poder dele diminui, a Deusa lamenta sua partida, mas Ela sabe que o poder do Deus retornará à Terra em Yule. A Deusa e o Deus são honrados através de novas oferendas da segunda colheita. É o momento de agradecer pelas abundantes colheitas e o maravilhoso ano de aprendizado e lições oferecidas.

Mabom ocorre por volta de 22 de setembro no hemisfério Norte e 21 de março no hemisfério Sul. Nesse momento dia e noite são iguais. É um tempo de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz. Isso está associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbat, e a contemplação da colheita. É o momento de agradecer pelas abundantes colheitas e o maravilhoso ano de aprendizado e lições oferecidas.

Mabom ocorre por volta de 22 de setembro no hemisfério Norte e 21 de março no hemisfério Sul. Nesse momento dia e noite são iguais. É um tempo de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz. Isso está associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbat, e contemplação da colheita.

Nesse Sabbat a Deusa lamenta o seu consorte que está partindo para Outro Mundo, mas a mensagem de renascimento pode ser encontrada em cada semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para alimentar seu povo. É um tempo positivo para caminhar nas florestas, colher plantas e ervas mágicas para serem usadas no Altar. Pão de milho e cidra são bons elementos para fazer parte dos rituais e folhas de outono são ótima decoração para o Altar.

Os Druidas honravam o salgueiro nesse Sabbat, a árvore associada à Deusa e à morte, e cortavam seus bastões do salgueiro somente após Mabon. Entrando em seu aspecto de Anciã; entretanto, seu aspecto de Virgem esstá impregnado nas sementes do Deus.

Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em países rurais; o Dia da Ação de Graças é um deles. As plantas, árvores, flores e ervas que estão associadas com mabon são a aveleira, o milho, o álamo, bolotas, galhos de carvalho, folhas de outono, ramos de trigo, cones de cipreste, cones de pinheiro.

Mabon é um período positivo para honrar os Ancestrais e o Espírito da Terra.

Os Deuses associados com Mabon são todos aqueles relacionados ao vinho e às colheitas. É dada muita ênfase à Deusa em seu aspecto de Mãe e muitas vezes Modron (a mãe de Mabon) é honrada.

Nesse período da Roda do Ano, duas lendas mitológicas são apropriadas: Mabon e Modron (celta) e a história de Perséfone (grega).

Mabom é um antigo Deus celta que simboliza os princípios masculinos da fertilidade. É o nome galês do Deus da mocidade, a Divina Criança, que os Druidas acreditavam estar dentro de todos nós. Ele é uma criança do Outro Mundo, nascida de pais terrestres, que desapareceu em sua terceira noite de vida.

Mabon ap Modron significa “Filho da Grande Mãe”. No Equinócio de Outono, marca-se o tempo de sua mudança. Nesse momento Magons desaparece, com apenas três noites de nascimento. Ele vai morar novamente no mundo mágico de Modron, o seu ventre. Esse é um lugar nutridor e encantado, mas ao mesmo tempo de desafios. É um lugar de poder e renovação para que Mabon possa nascer através de sua mãe como campeão, o filho da Luz. Esse Sabbat simboliza a luz de Mabon entrando na Terra (ventre da Deusa), recarregando-se para tornar-se uma nova semente. Seu desaparecimento é um mistério, mas Mabon é eventualmente resgatado, no Solstício de Inverno, graças ao conhecimento de alguns animais: o pássaro negro, o veado, a coruja, o bisão e o salmão.

Essa é a essência do Sabbat Mabon: o rejuvenescimento para uma colheita farta, agradecendo aos Deuses pelas dádivas concedidas durante o ano e o conhecimento da necessidade do balanceamento entre a luz e as sombras.

O Equinócio de Outono é o momento em que dia e noite têm igual duração; logo depois dele a escuridão dominará com a chegada do Inverno. Enquanto o Equinócio de Primavera, outro momento de equilíbrio na Roda, representa iniciação e preparação para ação, o Equinócio de Outono é tempo de parada do trabalho. A colheita foi bem-sucedida, mas o Sol ainda está conosco.

Esse Sabbat é simbolizado pelo espiral duplo, um vai e outro que retorna, para nos lembrar que começamos a jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte sempre é seguida pelo renascimento, da mesma maneira que o Inverno sempre é seguido pelo Verão. A Deusa está grávida do Deus que nascerá em Yule, a noite mais longa. Ela se prepara para dizer adeus ao Deus velho, mas sabe que a semente do Deus novo já está dentro dela, em seu ventre.

Os temas desse Sabbat são equilíbrio e ação de graças. É tempo de dar graças pelos frutos colhidos, e a Deusa é a Senhora de Abundancia cuja colheita nos sustentará pelos meses escuros do Inverno, assim como refletir sobre nós mesmos, sobre o equilíbrio da escuridão e da luz e se esforçar para manter o equilíbrio interno.

Também é hora de meditar sobre os projetos, a escolha das “sementes” (nossos sonhos) que serão plantadas no próximo ano, além de agradecer pelas realizações do ano que passou. Agora, entretanto, temos de deixar que coisas não mais significativas possam ir embora de nossa vida, pois isso é o que nos oculta e impede de alcançar aquilo que queremos, e observar que cada coisa tem seu tempo e sua estação e o Inverno se aproxima.

Esse Sabbat é tido como o tempo de equilíbrio, gratidão e agradecimento, porque também é a segunda e maior colheita do ano.

Mabon marca o começo do Outono e a morte do Deus que está por vir. A partir de Mabon, o Deus Sol começa a diminuir diariamente. Ele está envelhecendo e morrendo lentamente, como as plantas colhidas da Terra. Ele doou todo o seu poder aos seres humanos através das colheitas. Os sacrifícios de Lammas tiveram êxito e a generosidade veio. As plantas estão começando a morrer e a lançar suas folhas ao chão. Os animais estão preparando seu hábitats para o frio esperado.

O tema de colheita de Mabon não pode ser negado. Pelas bênçãos que recebemos é natural usar esse tempo de ano para mostrar nossa gratidão. Um banquete de abudância em honra ao Deus é tradicional. A mesa é coberta com legumes, carnes deliciosas e aves, tortas e bolos e outras delícias.

Com um gesto ritual, é tradicional a passagem do Cálice da Gratidão nesse banquete. Um Cálice repleto de vinho é abençoado e passado a cada integrante da mesa. Conforme o Cálice passa, as pessoas vão fazendo seus agradecimentos. Quando tiverem agradecido por todas as bênçãos, eles bebem e passam o Cálice adiante. Isso continua até a Taça esvaziar, bebendo em amor, bênçãos e gratidão a tudo.

Considerando que esse é um dos dois dias de equilíbrio no ano, juntamente com Ostara, é tradicional limpar a casa. É nesse momento que você começa a obstruir toda desordem ao redor de seu lar. As portas da casa são abençoadas para protegerem aqueles que vivem dentro dela. Magicamente falando, esse é um bom tempo para executar sortilégios ao redor da idéia de balanceamento da vida, de remover as culpas e substituir por carinho e aceitação.


Correspondência de Mabon

Cores: marrom, verde, amarelo, vermelho.

Nome alternativos: Equinócio de Outono, Encontro do Inverno, Winter Finding, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Festa de Avalon, Segunda Colheita.

Deuses: do vinho e colheita.

Ervas: alecrim, calêndula, sálvia, noz, folhas e cascas, visco, açafrão, camomila, folhas de amêndoa, frankincenso, rosa, agridoce, girassol, trigo, folhas de carvalho, maçã seca ou sementes de maçã.

Pedras: âmbar, peridoto, diamante, ouro, citrino, topázio amarelo, olho-de-gato, aventurina.



Atividades:



• Fazer uma cornucópia da prosperidade.

• Fazer bonecas mágicas de maçã.

• Andar pelos campos para agradecer a generosidade da Deusa.

• Fazer grinaldas e oferecer à Natureza como sinal de agradecimento.

• Fazer vassouras mágicas.

• Fazer amuletos.

• Confeccionar uma Rainha da colheita (kern baby).

• Encher uma tigela com frutas e folhas e oferecer aos Deuses.

• Encher uma cesta com cones de pinheiros, folhas secas coloridas, trigo, bolotas e ramos de pinheiro e deixar na sua porta de entrada para atrair boa sorte.

• Colocar espigas de milho na sua porta de entrada.



Comidas e Bebidas Sagradas: abóboras, todos os tipos de grãos, pães, bolos, todos os tipos de raízes, batatas, nozes, sidra com canela, vinho.



Bonecas Mágicas

As maçãs são sagrados símbolos da Bruxaria. Nossa terra santa, Avalon, significa Terra da maçã ou Ilha das maçãs. Fatie uma maçã ao meio e verá que suas sementes revelam a forma sagrada do Pentagrama, o símbolo da Bruxaria.

Para fazer as bonecas mágicas você vai precisar de:

• Duas maçãs grandes, uma para Mabon e uma para Modron;

• Dois lápis;

• Dois palitos de churrasco;

• Uma faca;

• Um prato.


Descasque as maçãs. Talhe uma face em cada uma das maçãs. Finque as maçãs nos palitos de churrasco e deixe-as em pé para secarem em algum lugar seguro.

Faça então bonecas com elas usando trigo e ervas secas para os cabelos. Vista-as com batas feitas de pano. Enquanto faz as bonecas, peça à Deusa que elas sejam carregadas com luz e poder.

Na sua celebração de Mabon, consagre-as em seu ritual, pedindo que elas possam servir de protetoras para o seu lar e que tragam sorte para você e sua família.

Pendure-as numa corda ou grinalda de Mabon e coloque-as em algum lugar proeminente em sua casa.



Fazendo uma Rainha da Colheita (kern baby)


A Rainha da Colheita, ou Kern Baby, era feita do último feixe da colheita e construída pelos ceifeiros enquanto proclamavam: “Nós temos a Kern!”

Na Escócia era chamada de a “Virgem do Último Feixe da Colheita” e era cortada pela garota mais jovem da aldeia.

Fazer uma Rainha da Colheita é uma das práticas de Mabon.

Para isso você vai precisar de:


• Ramos de trigo;

• Fitas multicoloridas;

• Um pedaço de pano branco;

• Um bastão;

• Barbante;

Pegue os ramos de trigo e divida-o em três partes. A primeira parte será a cabeça e as outras duas serão os braços do boneco. Para isso cruze duas partes dos ramos de trigo, em posições opostas, amarrando a parte separada na posição vertical, formando uma cruz. Amarre com o barbante para que fiquem firmes e não se soltem.

Com o pano branco faça uma bata e vista o seu boneco de feixe. Decore a bata branca com as fitas coloridas, elas representam a Primavera, o outro ponto de equilíbrio existente na Roda do Ano que chegará nos próximos seis meses vindouros.

Pendure sua Rainha da Colheita no bastão, que é o símbolo fálico da fertilidade.

Então, na sua cerimônia de Mabon, coloque-a sobre o seu Altar, pedindo que ela se torne um símbolo de abundância e fartura.

Depois, pendure-a acima da porta de entrada de sua casa.



Bebida Mágica de Mabon

A bebida mágica de Mabon consiste de:

• Sidra de maçã quente;

• Canela;

• Pequenas rodelas de maçã.

Essa bebida sagrada tem um significado profundo. A maçã rege o coração, a sidra representa o eu, por si só já é uma poção de amor. Mas quando misturada com canela, que é governada pelo Sol, representa a essência solar e, ao ingerirmos esta bebida, é como se estivéssemos ingerindo a própria luz do Sol.


Ritual de Mabon


Material necessário:

• Grãos de todos os tipos;

• Caldeirão;

• Folhas secas;

• 13 fitas de cores diferentes;

• um galho de madeira;

• três velas marrons;

• cálice com vinho.


Procedimento: Faça um triângulo com o vértice para cima usando as velas marrons e coloque o seu Caldeirão no meio dele. Trace o Círculo e diga:


A Roda do Ano mais uma vez gira.

Este é o Sabbat da Segunda colheita.

A Senhora da Abundância e o Deus da fatura abençoam o mundo com os seus grãos.

Abençoada seja a Fartura da Terra!


Acenda as velas. Pegue as fitas e amarre-as em uma das extremidades do galho. A cada fita amarrada, faça um desejo. Quando tiver amarrado todas as fitas, eleve o galho dizendo:

Hoje, luz e escuridão são iguais.


A partir de agora o Deus retornará ao ventre da Mãe.

Esta é a Dança eterna da vida e da morte.

Que a Roda gire mais uma vez e que a Senhora e o Senhor abençoem o mundo.


Coloque o galho no Caldeirão. Espalhe os grãos e folhas pelo seu altar enquanto diz:



Pedimos que a Deusa e o Deus cuidem da Terra com sabedoria e bondade para que as colheitas prossigam com pão e vida para todos.

Damos graças aos Deuses pela abundância.

Que a Deusa nos guie pelos dias escuros, até que a Criança da Promessa renasça para trazer alegria e felicidade.


Eleve o cálice e diga:

Bebo este vinho em homenagem à Senhora da Abundância e ao Deus da Colheita que segue cada vez mais rápido ao País do Verão. Abençoados sejam!


Cante e dance em homenagem aos Deuses.
Destrace o Círculo.



Fonte:
http://planeta.terra.com.br/arte/wicca/mabom.htm


Mabom


É o segundo dos três Sabbats da colheita. A Deusa está agora fortemente impregnada pela energia do Sol, que a cada dia parte mais rápido para o País do Verão. Conforme o poder dele diminui, a Deusa lamenta sua partida, mas Ela sabe que o poder do Deus retornará à Terra em Yule. A Deusa e o Deus são honrados através de novas oferendas da segunda colheita. É o momento de agradecer pelas abundantes colheitas e o maravilhoso ano de aprendizado e lições oferecidas.
Nesse momento dia e noite são iguais. É um tempo de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz. Isso está associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbat, e contemplação da colheita.
Nesse Sabbat a Deusa lamenta o seu consorte que está partindo para Outro Mundo, mas a mensagem de renascimento pode ser encontrada em cada semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para alimentar seu povo. É um tempo positivo para caminhar nas florestas, colher plantas e ervas mágicas para serem usadas no Altar. Pão de milho e cidra são bons elementos para fazer parte dos rituais e folhas de outono são ótima decoração para o Altar.
Os Druidas honravam o salgueiro nesse Sabbat, a árvore associada à Deusa e à morte, e cortavam seus bastões do salgueiro somente após Mabon. Entrando em seu aspecto de Anciã; entretanto, seu aspecto de Virgem esstá impregnado nas sementes do Deus.
Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em países rurais; o Dia da Ação de Graças é um deles. As plantas, árvores, flores e ervas que estão associadas com mabon são a aveleira, o milho, o álamo, bolotas, galhos de carvalho, folhas de outono, ramos de trigo, cones de cipreste, cones de pinheiro.
Mabon é um período positivo para honrar os Ancestrais e o Espírito da Terra. Os Deuses associados com Mabon são todos aqueles relacionados ao vinho e às colheitas. É dada muita ênfase à Deusa em seu aspecto de Mãe e muitas vezes Modron (a mãe de Mabon) é honrada.
Nesse período da Roda do Ano, duas lendas mitológicas são apropriadas: Mabon e Modron (celta) e a história de Perséfone (grega). Mabom é um antigo Deus celta que simboliza os princípios masculinos da fertilidade. É o nome galês do Deus da mocidade, a Divina Criança, que os Druidas acreditavam estar dentro de todos nós. Ele é uma criança do Outro Mundo, nascida de pais terrestres, que desapareceu em sua terceira noite de vida. Mabon ap Modron significa “Filho da Grande Mãe”. No Equinócio de Outono, marca-se o tempo de sua mudança. Nesse momento Magons desaparece, com apenas três noites de nascimento. Ele vai morar novamente no mundo mágico de Modron, o seu ventre. Esse é um lugar nutridor e encantado, mas ao mesmo tempo de desafios. É um lugar de poder e renovação para que Mabon possa nascer através de sua mãe como campeão, o filho da Luz. Esse Sabbat simboliza a luz de Mabon entrando na Terra (ventre da Deusa), recarregando-se para tornar-se uma nova semente. Seu desaparecimento é um mistério, mas Mabon é eventualmente resgatado, no Solstício de Inverno, graças ao conhecimento de alguns animais: o pássaro negro, o veado, a coruja, o bisão e o salmão.
Essa é a essência do Sabbat Mabon: o rejuvenescimento para uma colheita farta, agradecendo aos Deuses pelas dádivas concedidas durante o ano e o conhecimento da necessidade do balanceamento entre a luz e as sombras.
O Equinócio de Outono é o momento em que dia e noite têm igual duração; logo depois dele a escuridão dominará com a chegada do Inverno. Enquanto o Equinócio de Primavera, outro momento de equilíbrio na Roda, representa iniciação e preparação para ação, o Equinócio de Outono é tempo de parada do trabalho. A colheita foi bem-sucedida, mas o Sol ainda está conosco.
Esse Sabbat é simbolizado pelo espiral duplo, um vai e outro que retorna, para nos lembrar que começamos a jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte sempre é seguida pelo renascimento, da mesma maneira que o Inverno sempre é seguido pelo Verão. A Deusa está grávida do Deus que nascerá em Yule, a noite mais longa. Ela se prepara para dizer adeus ao Deus velho, mas sabe que a semente do Deus novo já está dentro dela, em seu ventre.
Os temas desse Sabbat são equilíbrio e ação de graças. É tempo de dar graças pelos frutos colhidos, e a Deusa é a Senhora de Abundancia cuja colheita nos sustentará pelos meses escuros do Inverno, assim como refletir sobre nós mesmos, sobre o equilíbrio da escuridão e da luz e se esforçar para manter o equilíbrio interno.
Também é hora de meditar sobre os projetos, a escolha das “sementes” (nossos sonhos) que serão plantadas no próximo ano, além de agradecer pelas realizações do ano que passou. Agora, entretanto, temos de deixar que coisas não mais significativas possam ir embora de nossa vida, pois isso é o que nos oculta e impede de alcançar aquilo que queremos, e observar que cada coisa tem seu tempo e sua estação e o Inverno se aproxima.
Esse Sabbat é tido como o tempo de equilíbrio, gratidão e agradecimento, porque também é a segunda e maior colheita do ano.
Mabon marca o começo do Outono e a morte do Deus que está por vir. A partir de Mabon, o Deus Sol começa a diminuir diariamente. Ele está envelhecendo e morrendo lentamente, como as plantas colhidas da Terra. Ele doou todo o seu poder aos seres humanos através das colheitas. Os sacrifícios de Lammas tiveram êxito e a generosidade veio. As plantas estão começando a morrer e a lançar suas folhas ao chão. Os animais estão preparando seu hábitats para o frio esperado.
O tema de colheita de Mabon não pode ser negado. Pelas bênçãos que recebemos é natural usar esse tempo de ano para mostrar nossa gratidão. Um banquete de abudância em honra ao Deus é tradicional. A mesa é coberta com legumes, carnes deliciosas e aves, tortas e bolos e outras delícias. Com um gesto ritual, é tradicional a passagem do Cálice da Gratidão nesse banquete. Um Cálice repleto de vinho é abençoado e passado a cada integrante da mesa. Conforme o Cálice passa, as pessoas vão fazendo seus agradecimentos. Quando tiverem agradecido por todas as bênçãos, eles bebem e passam o Cálice adiante. Isso continua até a Taça esvaziar, bebendo em amor, bênçãos e gratidão a tudo. Considerando que esse é um dos dois dias de equilíbrio no ano, juntamente com Ostara, é tradicional limpar a casa. É nesse momento que você começa a obstruir toda desordem ao redor de seu lar. As portas da casa são abençoadas para protegerem aqueles que vivem dentro dela. Magicamente falando, esse é um bom tempo para executar sortilégios ao redor da idéia de balanceamento da vida, de remover as culpas e substituir por carinho e aceitação.

Correspondência de Mabon
CORES: marrom, verde, amarelo, vermelho. NOMES ALTERNATIVOS: Equinócio de Outono, Encontro do Inverno, Winter Finding, Alban Elfed, Colheita do Vinho, Cornucópia, Festa de Avalon, Segunda Colheita. DEUSES: do vinho e colheita. ERVAS: alecrim, calêndula, sálvia, noz, folhas e cascas, visco, açafrão, camomila, folhas de amêndoa, frankincenso, rosa, agridoce, girassol, trigo, folhas de carvalho, maçã seca ou sementes de maçã. PEDRAS: âmbar, peridoto, diamante, ouro, citrino, topázio amarelo, olho-de-gato, aventurina.
Atividades
*Fazer uma cornucópia da prosperidade. *Fazer bonecas mágicas de maçã. *Andar pelos campos para agradecer a generosidade da Deusa. *Fazer grinaldas e oferecer à Natureza como sinal de agradecimento. *Fazer vassouras mágicas. *Fazer amuletos. *Confeccionar uma Rainha da colheita (kern baby). *Encher uma tigela com frutas e folhas e oferecer aos Deuses. *Encher uma cesta com cones de pinheiros, folhas secas coloridas, trigo, bolotas e ramos de pinheiro e deixar na sua porta de entrada para atrair boa sorte. *Colocar espigas de milho na sua porta de entrada. *Comidas e Bebidas Sagradas: abóboras, todos os tipos de grãos, pães, bolos, todos os tipos de raízes, batatas, nozes, sidra com canela, vinho.
Bonecas Mágicas
As maçãs são sagrados símbolos da Bruxaria. Nossa terra santa, Avalon, significa Terra da maçã ou Ilha das maçãs. Fatie uma maçã ao meio e verá que suas sementes revelam a forma sagrada do Pentagrama, o símbolo da Bruxaria.
Para fazer as bonecas mágicas você vai precisar de:
*Duas maçãs grandes, uma para Mabon e uma para Modron; *Dois lápis; *Dois palitos de churrasco; *Uma faca; *Um prato.
Descasque as maçãs. Talhe uma face em cada uma das maçãs. Finque as maçãs nos palitos de churrasco e deixe-as em pé para secarem em algum lugar seguro. Faça então bonecas com elas usando trigo e ervas secas para os cabelos. Vista-as com batas feitas de pano. Enquanto faz as bonecas, peça à Deusa que elas sejam carregadas com luz e poder. Na sua celebração de Mabon, consagre-as em seu ritual, pedindo que elas possam servir de protetoras para o seu lar e que tragam sorte para você e sua família. Pendure-as numa corda ou grinalda de Mabon e coloque-as em algum lugar proeminente em sua casa.
Fazendo uma Rainha da Colheita (kern baby)
A Rainha da Colheita, ou Kern Baby, era feita do último feixe da colheita e construída pelos ceifeiros enquanto proclamavam: “Nós temos a Kern!”
Na Escócia era chamada de a “Virgem do Último Feixe da Colheita” e era cortada pela garota mais jovem da aldeia.
Fazer uma Rainha da Colheita é uma das práticas de Mabon.
Para isso você vai precisar de:
*Ramos de trigo; *Fitas multicoloridas; *Um pedaço de pano branco; *Um bastão; *Barbante;
Pegue os ramos de trigo e divida-o em três partes. A primeira parte será a cabeça e as outras duas serão os braços do boneco. Para isso cruze duas partes dos ramos de trigo, em posições opostas, amarrando a parte separada na posição vertical, formando uma cruz. Amarre com o barbante para que fiquem firmes e não se soltem. Com o pano branco faça uma bata e vista o seu boneco de feixe. Decore a bata branca com as fitas coloridas, elas representam a Primavera, o outro ponto de equilíbrio existente na Roda do Ano que chegará nos próximos seis meses vindouros. Pendure sua Rainha da Colheita no bastão, que é o símbolo fálico da fertilidade. Então, na sua cerimônia de Mabon, coloque-a sobre o seu Altar, pedindo que ela se torne um símbolo de abundância e fartura.
Depois, pendure-a acima da porta de entrada de sua casa.

Cornucópia da Abundância
O Chifre tradicional da Abundância, ou Cornucópia, é um símbolo de generosidade, boa colheita e tem implicações mágicas bem-definidas. O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do Deus. O interior do chifre simboliza o útero, especialmente quando está cheio de generosidade da terra fértil, e representa a Deusa. Como Mabon é a Ação de Graças das Bruxas, é muito apropriado utilizar esse símbolo para nossos altares ou mesas.
Faça ou compre uma cornucópia. Encha o chifre de frutas, flores, grãos e moedas, de forma que eles sejam derramados sobre o Altar. Some outras coisas mágicas, como folhas de carvalhos ou bolotas, avelãs ou cartas de Tarô.

Bebida Mágica de Mabon
A bebida mágica de Mabon consiste de:
*Sidra de maçã quente; *Canela; *Pequenas rodelas de maçã.
Essa bebida sagrada tem um significado profundo. A maçã rege o coração, a sidra representa o eu, por si só já é uma poção de amor. Mas quando misturada com canela, que é governada pelo Sol, representa a essência solar e, ao ingerirmos esta bebida, é como se estivéssemos ingerindo a própria luz do Sol.
Ritual de Mabon
Material necessário:
*Grãos de todos os tipos; *Caldeirão; *Folhas secas; *13 fitas de cores diferentes; *um galho de madeira; *três velas marrons; *cálice com vinho.
Procedimento
Faça um triângulo com o vértice para cima usando as velas marrons e coloque o seu Caldeirão no meio dele.Trace o Círculo e diga:
"A Roda do Ano mais uma vez gira. Este é o Sabbat da Segunda colheita. A Senhora da Abundância e o Deus da fatura abençoam o mundo com os seus grãos. Abençoada seja a Fartura da Terra!"
Acenda as velas. Pegue as fitas e amarre-as em uma das extremidades do galho. A cada fita amarrada, faça um desejo. Quando tiver amarrado todas as fitas, eleve o galho dizendo:
"Hoje, luz e escuridão são iguais. A partir de agora o Deus retornará ao ventre da Mãe. Esta é a Dança eterna da vida e da morte. Que a Roda gire mais uma vez e que a Senhora e o Senhor abençoem o mundo."
Coloque o galho no Caldeirão. Espalhe os grãos e folhas pelo seu altar enquanto diz:
"Pedimos que a Deusa e o Deus cuidem da Terra com sabedoria e bondade para que as colheitas prossigam com pão e vida para todos. Damos graças aos Deuses pela abundância. Que a Deusa nos guie pelos dias escuros, até que a Criança da Promessa renasça para trazer alegria e felicidade."
Eleve o cálice e diga:
"Bebo este vinho em homenagem à Senhora da Abundância e ao Deus da Colheita que segue cada vez mais rápido ao País do Verão. Abençoados sejam!"
Cante e dance em homenagem aos Deuses. Destrace o Círculo