quinta-feira, 5 de maio de 2011

ia da mãe terra

Dia da Mãe Terra


Há 40 anos, diversos países do mundo comemoram, no dia 22 de abril, o Dia da Terra. A iniciativa surgiu nos Estados Unidos, em 1970, quando 20 milhões de pessoas foram para as ruas exigir do país mais responsabilidade ambiental. No ano passado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, de origem indígena, propôs à Assembleia Geral da ONU, que a data fosse reconhecida pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mãe Terra e a sugestão foi acatada por unanimidade.
Acrescentar o termo “mãe”, expressão universal de acolhimento e amor, ao nos referirmos ao planeta pode ser um estímulo para nos sentirmos mais vinculados à Terra e a todos os seres que dividem este espaço sagrado conosco e, ao contrário do que nossa mente racionalista ainda pensa, não são inferiores a nós. Afinal, a Mãe Terra, simbolizada pela deusa Pacha Mama, não faz distinção entre seus filhos. Aliás, não é difícil adivinhar porque foi um presidente de um país andino quem sugeriu a mudança de nomenclatura. Pacha Mama é a divindade máxima cultuada nos Andes.
No dia da Mãe Terra, escolhemos contar um pouco da história da deusa que tem muito a nos ensinar sobre o amor e o feminino.
Na linguagem quechua, Pacha quer dizer tempo, mundo, universo, e Mama significa Mãe. Pacha Mama é considerada a mãe do mundo, dos homens, de tudo o que é vivo. Reverenciada pelos andinos nos campos arados, nas montanhas e nos rios, é ela a criadora do Sol, da Lua e das estações do ano. Cuida da fertilidade da terra, detém a sabedoria dos ciclos e traz o tempo, que cura as dores do mundo. Os deuses indígenas lhe devem respeito e obediência.
No céu, habita a constelação do Cruzeiro do Sul e na Terra, vive na alta montanha de Nevado de Cachi, na Argentina; mas dizem que toda a natureza é sua morada. Na criação do mundo, Pacha Mama teria descido das estrelas em direção à terra para criar a vida.
Segundo a crença Inca, o mundo é dividido entre as polaridades masculina – que fica na cordilheira do Himalaia – e feminina – localizada nos Andes, onde vive Pacha Mama. Diz-se também que o terceiro milênio é o tempo de retorno da energia feminina. Por isso, neste momento, o Himalaia adormece e o Andes se ativam. É Pacha Mama tranzendo ao planeta criatividade, intuição e transformação.
Se você deseja se conectar com a deusa, pode fazer um pequeno ritual:
- Escolha um lugar tranquilo, ao ar livre, longe do olhar dos curiosos.
- Descalça, sente-se ou fique de pé sobre a terra, com a coluna ereta.
- Respire fundo e sinta o cheiro da terra, da grama, das flores.
- Inspire. Ao expirar, abra os braços como se estivesse se entregando a um colo de mãe.
- Entregue-se de verdade, peça por amor, carinho e proteção e deixe que seu poder de cura toque você.
- Visualize Pacha Mama sentada à sua frente, ao seu lado, ou segurando seus braços.
- Sinta o que gostaria de oferecer a ela como sinal de gratidão. Pode ser algo para comer, beber, algumas raízes, frutas, folhas e até fumo.
- Faça uma inspiração profunda, solte o ar devagar e abra os olhos lentamente.

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