segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ancestralidade: força das mulheres negras

Ancestralidade: força das mulheres negras

Ancestralidade: força das mulheres negras
Oxum é o orixá que rege o amor e a fertilidade. Dona do ouro, da prata e dos mais ricos encantos femininos, essa iabá é bonita, vaidosa, às vezes ciumenta e possessiva. Mas seus poderes vão além de sua formosura, pois foi a ela que Olodumare (Deus Supremo) atribuiu a responsabilidade de preparar os humanos para receber os deuses, e assim os orixás puderam voltar à terra para, ao som de atabaques e xequerês reviver seus mitos por meio da música e da dança. Por tal razão, Oxum é considerada a Rainha do Candomblé.

Alguns afirmam que “as filhas de Iansã não fogem da briga”, e isso se justifica porque Iansã é uma orixá guerreira, é quem governa o vento, as tempestades e a sensualidade feminina. E é também a senhora do raio e soberana dos espíritos dos mortos, pois é somente ela quem os direciona para o outro mundo.

Muito cultuada e talvez o orixá mais conhecido no Brasil é Iemanjá, senhora das águas salgadas, dos mares e oceanos, mães dos deuses, dos homens e dos peixes. Ela é também a dona de todas as cabeças, pois rege o equilíbrio emocional e a loucura.

Assim, são dessas mulheres míticas tão marcantes na tradição afro-brasileira que emergem os símbolos que inspiraram e inspiram a resistência e a luta de inúmeras mulheres negras, pois para além dos estereótipos, essas deusas africanas alargam e complexificam nossa compreensão do feminino, são mães dedicadas e também amantes apaixonadas

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